domingo, 12 de maio de 2013

Andar de bicicleta nesta cidade.

Eu adoro andar de bicicleta e vou, por vezes, para o trabalho com este meio meio de transporte. O problema é que neste país há um enorme desrespeito pelos ciclistas e ninguém percebe que as "regras do jogo" mudaram e que, neste momento, um ciclista já não é um elemento sem prioridades, nem tem regras tão diferentes de um condutor de um qualquer veículo a motor, no que toca a isso mesmo: a prioridades (aqui). É isso que me dissuade a, por vezes, fazer certos percursos - porque sei que a minha prioridade vai ser desrespeitada. Ainda hoje ia conhecendo de perto a chapa de um capot, não fosse a minha sempre desconfiança de que ninguém conhece as novas regras e de que aquele condutor nunca me iria dar prioridade. Desta vez, correu bem. Agora é ir continuando. Não é à toa que, muitas vezes, os passeios e as passadeiras são os melhores amigos de um ciclista urbano - é erro, mas é seguro.

(Isto existe. Na Alemanha. Vivi lá e confirmo.)

Cá para mim, só se começar a haver muitos ciclistas na estrada é que as coisas poderão mudar.  E isto é uma luta de anos, meus amigos. Não é fácil, mas, como em tudo, a persistência e a união fazem a força.

3 comentários:

kanjas disse...

Tenho alguns amigos que praticam triatlo a nível nacional e por esse motivo têm de treinar diariamente as diversas modalidades correspondentes.
Já ouvi histórias e vi marcas de contactos directos com carros que não respeitaram a prioridade que a bicicleta tinha.

Sempre que vejo/oiço o que se passa nas estradas portuguesas no que toca aos veículos de duas rodas, penso que estamos muito atrás do que deve ser considerado comportamento ideal. Afinal, as bicicletas são o elemento mais frágil da cadeia de veículos que circulam nas estradas.

Mesmo eu, que ando regularmente de mota, já passei por apertos complicados por causa dos automóveis não respeitarem o espaço de cada um e/ou as regras básicas do código da estrada.

Resta-nos ir andando e esperar que as mentalidades mudem. Até lá, é olhar sempre para todo o lado e prever que ninguém nos vai respeitar.

Luísa disse...

Infelizmente nem toda a gente respeita as regras...
Também já vi um semáforo desses em Barcelona.

Joana disse...

W.,

É triste, mas é mesmo "prever que ninguém nos vai respeitar", sem tirar, nem por... :s

Luísa,
É mais substituir o "nem toda a gente" por "quase ninguém"...