quinta-feira, 28 de junho de 2012

Eu tenho dois amores...



 ... e uma só carteira... :(

(como eu te percebo, Marco Paulo!)



Agora sim, a Seleção.

Gostei. Gostei muito de ver a nossa equipa a ganhar força e determinação ao longo do Euro. Gostei da humildade de quem conseguiu chegar longe onde outros grandes não chegaram. Gostei do objetivismo do Paulo Bento e das bocas que se calaram quando certas palavras começaram a cair em saco roto. Gostei de nos ver ontem. Gostei de perceber que não é uma campeã do mundo que nos derrota em estratégia ou em força. Gostei de ver como fizemos suar aquela que todos diziam a equipa invencível. Não gostei do resultado, mas gostei muito de termos caído de pé e sem mazelas. Fomos grandes. Merecíamos um final mais digno, mas mesmo tendo a tradição de sempre morrer na praia, continuaremos a ser sempre nós a nação "valente e imortal". E isso é que é ser Portugal. 



Parabéns!


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Para uns, isto é sexy. Para mim, é repugnante.

Outro dia, andava eu pelas lojas de um centro comercial e vejo uma das cenas que mais me repugna. Um homem a roçar-se numa mulher, naquela de "não aguento muito mais tempo, era já aqui e agora" e ela a rir-se num sentido provocador e a dar aquela de disponível para qualquer taradice, mas a querer tentar parecer difícil aos olhos dos outros. Acrescente-se à história que ele era um cinquentão português, típico homem de negócios com dinheiro e que ela era uma brasileira tipo mulata, toda jeitosa e com um pedacinho de pano a servir de vestido, que lhe acabava exatamente abaixo das nádegas (não é ser má língua, mas aquilo só seria tecido suficiente para um top cai cai de qualquer mulher razoável). Portanto, temos a fome e a vontade de comer. É claro que a rapariga queria o seu "pagamento", por isso andava a escolher toda a roupa que queria e a atirar para os braços dele e ele, qual cachorrinho, sempre ali, a aguentar a seca e os caprichos da rapariga. Foi só vê-la a entrar nos provadores e a chamar o "morzinhóóóóó", para saber o que a seguir se passou naquela cabine.

Eu vejo estas cenas e fico enojada. Imagino que tipo de homens são estes, que histórias inventam e vivem e que princípios (se os têm, sequer) consideram sensatos. Já as mulheres que se prestam a isto não me incomodam - elas sabem perfeitamente o que querem e que papel passam a cumprir. Mas os homens, esses homens... são, no mínimo, a metáfora do nojo para mim. Desprezíveis.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Mas isto é Verão para alguém?!

Eu adoro o Verão e o calor, mas ontem e, sobretudo, hoje, o tempo está completamente do-en-ti-o. Que raio de alteração súbita de tempo é esta? Que céu é este? Que calor tropical é este? Por isso não entendo quem anda pela net a dizer "Ah... finalmente o Verão!" 
Qual Verão? Isto é o nosso Verão, por acaso?

À conta deste ambiente insuportável, sinto-me um caco - sem forças, sem motivação para nada e com uma dor de cabeça persistente desde ontem. Anexa-se a isto uma noite péssima, com mosquitos, picadas, irritações, acende-e-apaga-a-luz-para-matar-o-raio-dos-mosquitos e incapacidade e de dormir sossegada por acordar de hora a hora e aí temos este "Verão" que muitos louvam e aplaudem com tanto entusiasmo. 
Este não é o meu verão, caramba. Não é.


segunda-feira, 25 de junho de 2012

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A vida a ensinar-me.

Ontem falei de autocarros, de velhinhos, de gratidão e de amor. Hoje não é diferente. Apenas numa versão muito mais enternecedora.

No autocarro, sentado à minha frente, estava um casal de velhinhos. A senhora apresentava alguma demência e falta de memória e o marido respondia-lhe calmamente a tudo, mesmo quando as perguntas se repetiam. O senhor pôs a mão dele aberta, com a palma virada para cima, no colo da sua mulher, como que a pedir que também ela juntasse a sua mão à dele. Assim foi e o senhor entrelaçou os dedos nos dela, apertou-lhe a mão e foram assim o resto da viagem. Quase me comovi, mas lá consegui aguentar.



À saída, estava a senhora a tentar levantar-se e eu ajudei-a, amparando-lhe o braço. Nada de mais, mas a senhora foi tão grata, que só dizia "Linda! Linda! A menina é muito linda, obrigada!". E, no final, deu-me um beijinho na mão e agradeceu uma última vez antes de sair.
a
Foi um momento maravilhoso do meu dia, digo já. Senti que vi ali, não só um exemplo de amor e dedicação plena, como também de gratidão e de respeito. Acho que foi uma mensagem da vida a dar-me conta que vou no caminho certo como ser humano. E não há maior riqueza do que esta, sentir que a nossa existência faz sentido e é importante para os outros.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

20, 29 e 2.

São números da sorte, mas não de qualquer tipo de jogo.

Eu vou até morrer
Ser teu se me quiseres.
Agarrado a ti
Vou sem hesitar;
E se o chão desabar
Que nos leve aos dois
Vou agarrado a ti,
Meu amor.

(João Só e Lúcia Moniz)


Das idosas e dos autocarros. E de como um podia passar em cima do outro.

Tanto havia a dizer sobre isto... tanto paninho para mangas... mas cinjo-me a esta bela história passada hoje.
Eu ia no autocarro, atrapalhada como sempre, com malas, carteiras, sacos e guarda chuva e a conseguir-me segurar sei lá como num dos varões (isto soa mal, mas eu não sei o nome oficial daqueles ferros do autocarro). Estava na zona do meio do autocarro. Para trás, tudo cheio de pessoas, sem espaço para mais ninguém.
De repente, surge uma daquelas mulheres a puxar ao idoso (em mentalidade, não em idade real) a resmungar, a empurrar toda a gente e a dizer (como se alguém lhe tivesse perguntado alguma coisa) "passar lá para trás", "passar lá para trás". Ela quase me levava com ela, tal a determinação em ir para o fundo do autocarro. Recordo que não havia espaço para ninguém. Ela mesmo assim empurrou toda a gente e, quando conseguiu ficar entalada entre uma pessoa e um banco (devia ser o objetivo dela para este dia), disse "Veem uma pessoa a precisar de se sentar e ninguém cede o lugar."
Desculpe?- pensei. Deve estar a brincar, a velha, só pode.
Felizmente ninguém lhe cedeu o lugar. E ela ali, com o seu orgulho de esta-estratégia-funciona-sempre ferido. Foi a melhor resposta que poderia ter tido para tamanha má educação e desrespeito.
a:
Irritam-me solenemente estas pessoas, sou muito franca. Não me custa nada ser amável e ceder o lugar e faço-o inúmeras vezes, mas nesta situação nunca o faria. Fazer da idade uma desculpa para tudo e utilizá-la como prova de maturidade e razão, só realça o desrespeito pelo próximo e a crassa pobreza de espírito e de gratidão para com os outros. Tristes, estes espécimes.


terça-feira, 19 de junho de 2012

Alguém me explica? - 1

(Inicia-se hoje temática totalmente irrelevante para alguns, mas de extrema importância para tantos outros - eu incluída. Eu questiono muita coisa no meu dia a dia e acho que tenho bons e fiéis leitores que me podem ajudar nestas minhas interrogações constantes. Por isso, é natural que este título vos surja mais vezes nos próximos tempos. Toca a colaborar, meus senhores e minhas senhoras!)


Película Transparente - a embalagem com os "dentinhos":

Alguém me explica por que raio as embalagens onde vêm os rolos de película aderente têm sempre aquela imitação de lâmina sob a forma de "dentinhos" afiados que, supostamente, cortam a película na perfeição, mas que, na prática, só cortam os dedos de quem abre a embalagem para tirar o rolo cá para fora, embrulhar a película à volta dos alimentos e, no final, cortá-la com os dedos?


sábado, 16 de junho de 2012

Por aqui.

Os dias não têm sido os melhores. São notícias relacionadas com saúde, são problemas no trabalho, são tristezas e dúvidas de amigos, são maus desfechos e são poucos momentos de boa disposição, porque a cabeça com isto tudo não consegue dar descanso ao coração. São dias estranhos, em que estamos numa espécie de patamar à espera do que aí vem, já por si muito indefinido. É uma ansiedade má, no fundo.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A vida como ela é.

Há uns largos meses soube da história de um colega do meu rapaz que lutava contra um cancro. Tudo previa o pior, mas o senhor começou a tomar uns produtos naturais (vulgo mezinhas) e, aparentemente, melhorou muito e o cancro entrou em remissão. Nenhum médico soube explicar o fenómeno. O senhor melhorou a olhos vistos, engordou e recuperou muita da energia e da alegria de vida que tinha perdido.
De há um mês para cá, a coisa piorou - e muito. Os órgãos começaram progressivamente a entrar todos em falência, a cada hora dos últimos dias havia uma notícia pior e o que se previa - infelizmente - aconteceu. 

Eu sou bastante cética quanto a estes "produtos naturais" e a estas receitas de avó para curar todos os males. Se neles estivesse a cura para esta doença, haveria interesse da parte de todos que tal "receita" fosse divulgada universalmente, ou não? Acredito em algumas medicinas alternativas, isso sim, porque a nossa tradicional muitas vezes chega a um ponto em que já não consegue avançar mais nas investigações e diagnósticos. Mas curas milagrosas desconhecidas não me convencem. Acho sempre que, para curarem uma coisa, estragam outras. E já estive mais longe de ter razão, parece-me (infelizmente).

Nestes dias.

Esta semana anda a correr bem. Há muito trabalhinho e muito pouco tempo livre. Ando cansada, mas sinto-me útil. E isso é quase tudo, neste momento.


Digam-me que não sou só eu.

Ao longo do dia vou vendo tanta coisa e pensando em tanta coisa, que se o blogue se escrevesse através de telepatia, não havia memória suficiente para aguentar as minhas teorias e apreciações. Lá continuo o meu dia e, quando chego ao computador e me preparo para debitar tudo o que se me passou pela cabeça... tcharan... não me lembro de nada do que tinha para dizer. Que maravilha de memória, hã?
Das duas uma: ou é a idade, ou é a demência a dar sinal.
Pior, pior é se forem as duas.


Apeteceu-me mudar isto.

E mudei.
Está mais airoso, mais feminino e mais meu.
Me likes it.


terça-feira, 12 de junho de 2012

E se..., e se..., e se...?

E pronto. Por causa das hesitações, perdeu-se um bom negócio na compra de um descodificador TDT. Agora são sempre 25 Euros no mínimo. Boa...


Leituras - 1

Se o blogue é meu, escrevo aqui o que me apetece. E calha de me apetecer começar a falar dos livros que ando a ler. Não vai ser rubrica frequente, porque a vida não me permite dedicar muito tempo a livros e não vai haver grande rotatividade de títulos, mas no que puder, vou partilhando aqui as minhas impressões. Não é fácil para mim falar de um livro preferido, porque raramente um livro me conquista a esse ponto. Não sei se é defeito de formação ou de personalidade, mas sou mesmo difícil de contentar no que toca a livros. Mas vou sempre dando uma oportunidade a cada nova história. Daí esta rubrica.

Vamos lá mas é falar do que interessa, então.


Ando a ler O quarto de Jack e aquilo está.-me a perturbar tanto, que nunca consigo ler mais de cinco páginas de seguida. Todos me dizem e leio em todo o lado que é um livro maravilhoso, mas até agora, apesar de estar a gostar, acho aquilo muito forte. Apetece pegar na criança e acordá-la para a realidade, porque afinal está "anestesiada" e de uma forma que me faz muita confusão acompanhar. Sou muito sensível nestas coisas e não sei se tenho estaleca para aguentar mais episódios perturbadores. Vamos ver.



segunda-feira, 11 de junho de 2012

Ora bem, o fim de semana.

Não estava nada ansiosa por este fim de semana, mas a verdade é que correu bem melhor do que aquilo que tinha suposto. 
No sábado, fui falar com uns alemães sobre uns cursos e tal e a coisa correu bem. Tenho a sensação que se fez negócio graças a mim, apesar de eu ser apenas um instrumento de marketing no meio daquilo tudo e não ir ganhar grande coisa com isso. As pessoas teoricamente responsáveis atiraram a "batata quente" para mim e eu lá assumi a coisa, sem ser ou vir a ser remunerada por isso. Basicamente, salvei o negócio a alguém.
Depois foi chegar a casa, constatar que tenho a melhor pessoa do mundo que uma mulher pode querer a seu lado e passar a tarde a adiantar pequenas coisas para o belo final de tarde em frente à televisão com cachecol de cores patrióticas a fazer companhia. A lasanha do jantar não fez mal a ninguém (muito pelo contrário, modéstia à parte) e o falso "golo" do Pepe fez com que eu gritasse tanto de entusiasmo (até me aperceber que não havia lugar a isso) que quase ensurdeci quem estava do meu lado direito. Isto tudo com chuva lá fora e resquícios do som do Primavera Sound bem ao longe até às 2h da manhã.
Domingo foi dia de dormir, passado em família e com bolos de cenoura com baixo grau de sucesso (que raio se passou?) à mistura. Foi chegar a casa e preparar a mente para segunda feira. Foi pensar no belo fim de semana que, de tão simples e descomplicado, foi perfeito.
Não posso pedir muito mais, pois não?


sexta-feira, 8 de junho de 2012

Olha que belo início de dia.

Consultar as listas provisórias de ordenação do concurso docente e constatar que, em vez de ter subido na tabela, desci. Que bela notícia, sim senhor. Vale mesmo a pena lutar por aquilo que se quer e verdadeiramente se gosta... 
Que frustração... Isto parece um pântano - quanto mais me mexo e luto, mais me afundo. Impressionante.


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Há segundos.

Acabo de perceber que hoje fui, se não outra coisa, uma boa amiga para uma amiga. E estou confortada com isso.


Já estamos a andar para trás até nisto?!

Não estou especialmente animada com o meu dia, mas ver isto agora, ao final desta jornada, revolta-me. Isto não é ilegal? Isto não se deve denunciar?




terça-feira, 5 de junho de 2012

Declaração de amor.

Uma das maiores alegrias da minha vida é ter os pais que tenho, com a saúde, a vitalidade, a calma e o bom senso que têm. E saber o que foram, pelo que passaram, os sacrifícios que fizeram e tudo o que alcançaram sem que alguma vez pudessem crer que as suas vidas se encontrassem e se tornassem tão "ricas" como o foram e são. E o que conquistaram foi tanto e em tantas frentes! Tenho um enorme orgulho nos meus pais e a cada dia que passa mais os valorizo. São a minha força e a minha razão, são a minha vida.
Sei que nunca vou amar tanto alguém como os amo a eles (possivelmente só um filho), porque este é um tipo de amor puro e simples que sempre esteve cá, pelo qual não se esperou nem se criaram expectativas, que nunca se questionou e com o qual eu tive a enorme felicidade de se ser contemplada. E por isso - nem que não houvesse mais nada no mundo - eu sou muito feliz. E devia-me lembrar mais disto muito mais vezes, essa é que é essa.


Se a vida permitisse... (música ou futebol?)

... a coisa que eu queria mesmo era ir ao Optimus Primavera Sound no próximo fim de semana. Que festival, caramba! Começava na quinta feira com The Rapture, Yann Tiersen e The Drums, dava folga ao bolso na sexta feira, mas no sábado... bem, no sábado, não havia seleção que me conseguisse dissuadir. Com os XX - como é possível os XX virem a Portugal e eu não ir ver?... :( - e os King of Convenience não havia cá falhas de presença para ninguém.
a
Isto, se a vida permitisse, está claro. Como não concebo dar 50 Euros para concertos - sobretudo ao ar livre - nesta fase da minha vida, vou mas é reforçar o porta-CD do carro com discos deste calibre. Tenho a certeza que me trarão muita mais felicidade do que um qualquer Portugal que não joga nada, que é das seleções do mundo que mais gasta nas suas estadias luxuosas e que, mesmo assim, sobretudo em tempos de crise, é aplaudido por todos de forma cega, sem nada - mas nada mesmo! - ainda ter provado.


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Olha, vou-me virar para os doces.

Assim como assim, posso à vontade e lá em casa tenho sempre alguém que me culpa todos os dias de ser responsável pelo seu processo de ganho de barriguinha, por isso a ideia não destoa. Ter uma "cobaia" destas a nosso lado, que não se coíbe minimamente de alinhar (para não dizer incentivar) (n)as provas culinárias não é um elogio mau de todo, pois não? ;)


(Eu sei que publicar esta imagem é um crime para vós, mas pior estou eu que a estive a escolher entre centenas de imagens de bolos, cada um melhor do que o outro. Tenham isso em consideração antes de se irritarem comigo. Estou aqui com um nó na barriga, que só eu sei...)



Em relação à dúvida...

... ela permanece. Mas a razão está a levar um avanço sobre o coração (infelizmente).

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Por onde é o caminho?

Basicamente, estou na fase em que decido se continuo na formação e abraço um projeto mais específico numa área técnica que desconheço e dou a cara (e a voz) por isso junto dos maiorais estrangeiros, ou se desisto disto tudo e levo as minhas ideias de uma vida só comandada por mim e ao meu gosto, em que poucos acreditam que possa ter sucesso, excepto eu, mas que me faria provavelmente muito mais feliz. 
Estou num stress tremendo e acho que chegou a altura crítica de decidir. Que faço?...