terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Brindo à coragem...

... das mulheres que conseguem andar de meia de vidro neste frio e não se sentem, de facto, desconfortáveis. Sim, porque sacrificar o conforto e a saúde em nome da beleza, da moda, ou o que for, é ridículo, cá no meu ver. Gostava muito de ter esta capacidade, mas tentar significa um dia a sofrer muito com o frio e três ou quatro a curar uma gripe. Bom, cada um tem o que merece. Comigo perninha à mostra no inverno só com collants de mousse e umas leggings. E mesmo assim... (E sim, "à mostra" é só para enganar...)
Muito bem, minhas senhoras! Aplaudo a coragem!




Que raio de Portugal é este?!

Para que país estamos nós a caminhar, que prioriza as tecnologias em relação às pessoas, que não valoriza o capital humano, que ignora a cultura e os valores da portugalidade, que só vive para grandes eventos e que despreza as pequenas conquistas e quem ousa marcar a diferença, que vê a taxa de desemprego a subir desmesuradamente e nada faz, que incita ao uso dos transportes públicos e vai aumentar todas as tarifas de uma forma absurda? Que país é este que puxa a mesma corda para dois lados diferentes? Que raio de jogo é este? O que querem de nós, afinal? 
Estou farta destes jogos escandalosos, desta arbitrariedade na tomada de decisões, nesta displicência face ao que qualquer um de nós procura ser neste xadrez ridículo em que nos movemos. Damos o que podemos e estamos sempre a "levar". Não estaremos ainda no nosso limite, caramba? De que precisamos mais?


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Hoje deu-me para constatar coisas. E esta é a constatação do dia.

Uma coisa de que me tenho apercebido ultimamente é que, mesmo cansada, triste, desanimada, o que quer que esteja, estou uma pessoa muito mais calma, capaz de relativizar os problemas e de, sobretudo, conseguir transmitir alguma calma a quem está comigo. O que não me impede de continuar a ter os meus ataques expansivos de tolice, piadas e afins (também não queiram tudo de uma vez, está bem?). Está apenas tudo um bocadinho mais equilibrado.
Afinal parece que a nova década de vida também traz bónus destes. É bom, não me importo nada. E acaba por ser mais saudável para mim. E talvez para os outros também.



sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Esta semana...

... ando sem tempo e inspiração para escrever. Não desistam de mim, está bem? Não tarda estou cá de novo com as minhas histórias e teorias mirabolantes. Não quero ver ninguém a ressacar.


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Gatos: alguém disponível para me ensinar umas coisas?

Então agora aparece-me um gato todos os dias à saída de casa, vem atrás de mim, insiste em entrar para o meu carro, salta e deita-se no tejadilho quando vê que não o deixo entrar, não arranha nem bufa quando pego nele ou o afasto, só pede mimos e aceita brincadeiras que - do que sei - normalmente os gatos não aceitam, fica a olhar para mim com olhos de Gato das Botas quando finalmente consigo fechar a porta do carro e partir, e, perante isto, ainda esperam que o meu coração de manteiga resista? Como? É que nem me estou a conhecer. Logo eu, que não sou nada, mas nada, pessoa de gatos. Nem percebo nada de felinos, nem sequer o suficiente para conseguir aliciar alguém próximo a adotá-los. São boas companhias? Estragam muito as coisas em casa? É que a única coisa que sei sobre eles é que são muito imprevisíveis e limpos. E que gostam de leite. E de Whiskas.
HELP!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Para quem não aguenta, é favor passar ao blog seguinte.

O rádio do meu carro decidiu hoje selecionar a Rádio Festival para me acompanhar no regresso de um trabalho. Eu não ripostei e até lhe dei algum crédito, sobretudo porque calhou exatamente na hora dos discos pedidos. Para quem não sabe, este tipo de programas é a nossa habitual companhia em longas viagens e normalmente encontramos sempre "pontos" que nos fazem rir de tal forma que quase nos obrigam a encostar o carro, tal é a choradeira de riso que ali se cria. Mas continuando. Na rifa saiu, para além de uma senhora que dedicou um fado negro e do mais pesado e desadequado possível ao neto que festejava 3 anos naquele dia, esta maravilha da Natureza, que me traz tantas belas recordações. Preparem-se. (Eu estou a ser vossa amiga, preparem-se mesmo...):



 Esta música do José Malhoa pode ser má, boa (?), foleira, moderna (?), o que lhe quiserem chamar. Mas só me transporta para as festas da aldeia do ano passado e da nossa dança - digamos assim - "particular" no meio de todo aquele povo. Foi muito estranho, mas foi, sobretudo, muito, mas muito divertido. Definitivamente, o rádio do meu carro acertou mesmo na música certa para o dia de hoje. É má à brava, mas faz parte de nós. E temos de aprender a viver com isso, gostemos ou não. :)

(E o que dizer deste vídeo, hein? Escolho ou não bons momentos de entretenimento familiar?) 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Lembrei-me.

Lembram-se deste post
E já leram a notícia de que a Katy Perry voltou a pintar o cabelo de azul agora que se separou oficialmente do Russel Brand?
Digam lá se eu sou ou não sou uma visionária. Não é ruivo, é certo, mas um ruivo na Katy Perry seria como um castanho numa qualquer portuguesa, ou seja, nada de novo.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Coisas que detesto.



Visitar um blogue e só ver publicidade a este ou aquele produto. Tudo bem que há por aí muita semente de milho que se governa com estas provas de teste dos produtos três ou quatro dias, agora fazer disso o seu dia a dia... é simplesmente gozar com quem vos lê! Se não têm nada de interessante a dizer, não digam. E se gostam assim tanto de um determinado carro ou deste relógio ou daquela marca, vão lá e comprem de uma vez! Não é por insistirem na ideia que vou comprar aquilo que estão a publicitar. Se nem vocês acreditam no que dizem...  só "vendem" porque simplesmente são aliciados a isso e quem comanda os vossos textos passa a ser um cérebro (que por vezes já naturalmente é) minado pela tentação. Felizmente que alguns dos nossos ainda se mantém à tona dessa futilidade que vos enche a alma.
Querem ganhar dinheiro, é lá convosco. Querem que leiamos os vossos textos, isso é cá connosco.
É que não há pachorra!


E assim está apresentada a minha mãe na sua melhor versão de "Atirar o barro à parede."

Hoje numa conversa com a minha mãe:

Eu - Porque não adotam um cão?
Mãe - Não temos vida para isso, Joana. Estamos sempre aqui e li, vamos para uma aldeia, para a outra, temos as nossas atividades, as obrigações e não queremos ter um animal, quando não lhe podemos dar tudo o que merece. Ficar em casa preso, não. Para além disso, é uma complicação nas férias e ter um animal é sempre um gasto. Não temos disponibilidade nem vida para isso.
Eu - (eternamente inconformada) Isso são desculpas. Se há pessoas que poderiam ter um cão, são vocês. Se vissem a realidade dos canis atualmente, as histórias que aparecem, os maus tratos, os atropelamentos, tudo, não falavam assim... uma coisa é ouvir nas notícias, outra é conhecer de perto as histórias.
Mãe - Nós sabemos perfeitamente disso. Mas ter um animal é uma responsabilidade enorme e exige de nós uma disponibiliade que não temos. 
(E diz da forma mais lampeira e desafiadora que consegue às poucas horas da manhã:) 
Dá-nos antes um neto!
Eu - (ainda aparvalhadinha) Um neto?! Sim, porque para além de serem comparáveis, um neto exige muuuuuito menos responsabilidade e gastos do que um cão...
Mãe - (já ao longe...) Um dia, um dia...

Espero bem que se estivesse a referir à hipótese de ter um cão. É que um neto ainda é coisa para tardar.

Esta minha mãe é um ponto. 
Tenho bem a quem sair.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Os cães. E eu.

Das coisas que eu mais gostava na minha vida era de ter um cão. Desde criança que o desejo, mas por gostar tanto destes bichos, nunca quis ter um, por viver num andar e saber que estar confinado numa casa grande parte do dia não pode constituir felicidade para qualquer animal. Agora já adulta, a situação mantém-se. Continuo a desejar muito ter um animal, mas aliado ao facto de viver em apartamento e num condomínio que só admite pássaros e gatos (esta ainda alguém me há de explicar...), está a situação precária de trabalhos e biscates que não me permite ter grande disponibilidade financeira para cuidar de um animal. 
Mesmo sabendo disto, numa espécie de masoquismo, todos os dias visito sites e recebo notificações de animais perdidos, entregues a canis ou abandonados e recolhidos por Famílias de Acolhimento Temporário. Não devia, já me tentei inclusivamente ensinar a não o fazer, para não me emocionar ou deixar influenciar, porque tenho de me manter racional face à minha situação atual. Mas custa tanto ver e não poder ajudar. É que se a minha vida permitisse, seria uma dupla felicidade, tenho a certeza. Adoro cães e sei que seria uma pessoa muito mais completa se tivesse um. Pode ainda não ser agora, mas há de ser um dia. Mas vai mesmo.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

"Ó Levas, ó Levas..."

Esta coisa do Paco Bandeira faz-me espécie. O homem é todo sorrisinhos, piadolas e simpatias para lá e para cá à entrada do tribunal. Põe-se a jeito para tirar fotografias, sempre a sorrir sem parar e chega a aparecer na sala do tribunal, a meio de uma espécie de divisória entre os réus e as testemunhas, a faser pose. O julgamento decorre. À saída, já se transformou. A mutação resulta num indivíduo totalmente mudo, de cara fechada e com aspeto de que mais cedo ou mais tarde irá explodir e dar cabo de umas quantas câmaras, e numa atitude quase violenta afasta os jornalistas, diz-lhes que se deviam dedicar a trabalhos verdadeiramente relevantes e deixar-se de foleiradas. 
Vejam lá isto, se tiverem um tempinho. Acho que o circo vale a pena.
O senhor denunciou logo assim, sem precisar de fazer grande coisa, que a sua personalidade não é tão sorrisinhos e "tenho uma vida que é de fazer inveja a qualquer um" como se pensa. Mas eu até acabo por concordar com o Sr. Paquito. Todo ele e o espetáculo que ele - e só ele - proporcionou é foleiro à brava. Nisso, ele foi um excelente companheiro de equipa dos jornalistas. 

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A minha manhã.


  • A felicidade de sentir o carinho de quem gosta de nós sem que nada de especial façamos para tal. 
  • As ofertas sinceras sem desejo de recompensa. 
  • O exemplo que nos ensina a viver da forma mais altruísta. 
  • A idade avançada vivida com alegria. 
  • O telefonema inesperado.
  • A voz triste e sensível de uma adolescente que em ninguém mais do que eu vê uma ajuda para a sua dor. 
  • Uma quebra, quando tudo fazia prever o melhor. 
  • A idade demasiado curta para uma experiência dolorosa vivida no singular. 
  • O desligar o telefone e o constatar das linhas tortas com que a vida se desenha. 
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  •  

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

É só para dizer que a partir de hoje...

... estou de relações cortadas com um certo portal governamental. Tirou-me uns dias de vida e ofereceu-me umas boas dezenas de cabelos brancos.
Obrigada e boa tarde.

Coisas com que embirro - I

Epá... os The Gift. Detesto, detesto, detesto! Admito que a música (só a melodia) às vezes até tem o seu quê de piada, mas as letras e sobretudo a - chamemos-lhe - "voz" da vocalista é horrenda. Para além de ser forte, soar a muito whiskey e tabaco junto e ser demasiado forçada e arrastada, a mulher é do mais másculo e sem gosto que pode haver. Há uns anos ainda tentei gostar e quase (quase!) me rendi à "Gaivota", do Projeto Amália Hoje. Mas aquela voz sombria e de ressacada estraga tudo. Não vale a pena. Todas as tentativas caíram por terra quando começou a tocar em loop nas rádios uma música dos The Gift em que a letra às tantas culmina nesta maravilhosa obra de arte: "Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar para mim". Na minha cabeça, isto é o que um cão ou um gato reconhecido diria a um dono, que o tratasse de forma exemplar. Mas pronto, eu reconheço que há aqui embirração. Agora tirem-me é a porcaria do novo single da rádio, que eu de manhã quero ir bem disposta para o trabalho. Aquilo é tão, mas tão mau... Mas aposto que toda a gente dirá que é estupendo, porque The Gift para um português é sempre sinónimo de alternativo cool. Lá que é alternativo não contesto, agora está longe de cool cá para mim, isso está. Muito mesmo.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Coisas que me fazem espécie...

Eu não sou nada esquisitinha, nem tenho nojo de grandes coisas. Sem grande dificuldade, mato bicharada, pego em porcarias que estão a entupir canos, faço pequenas tarefas que impressionam outras pessoas. Não sou nenhuma Rambo, simplesmente há coisas que não me fazem particular espécie. Mas o que não se inclui nisto é definitivamente a nata do leite. Mete-me tanto, mas tanto nojo! E eu nem sei porquê, acho que não deve ser nada de especial, mas tenho lembranças de ser miúda e ao beber o leite ao pequeno almoço sentir aquela película nojenta e quase me dar um vómito gigantesco na hora. E hoje revivi esse infeliz momento da minha infância e fiz um esforço tremendo para nem reagir com uma enorme cara de desagrado quando peguei na colherinha para retirar aquela gordura totalmente dispensável. Eh pá, é que é coisa que me enoja mesmo.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Coisas que não me dizem muito.

Jantares de reunião de colegas de escola. 
Não faço especial questão de estar com as pessoas que fizeram parte dessa fase da minha vida, sobretudo porque muitas poucas foram realmente as importantes. Essas ficaram e estão próximas. Que sentido faz, então, ir a uma reunião de colegas de outras turmas que nunca falaram comigo, que não fizeram parte das minhas vivências e memórias de escola e que, por isso, nem me são reconhecíveis? Eu olho para a grande maioria dos alunos da minha ex-escola na respetiva página oficial do Facebook e não me consigo sequer lembrar das caras... haverá prova maior de que essas pessoas não fizeram parte da minha vida e apenas são, na minha cabeça, meros figurantes do meu tempo como aluna?
E pergunto eu: isto fará de mim uma má pessoa?...

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Desequilíbrios

Vim hoje da Segurança Social com a pior notícia que me podiam ter dado neste fase. E logo no dia em que soube que esta mesma entidade vai pagar a renda das casas de tanto palerma que anda por aí e que vive muito melhor que eu à conta de um RSI atribuído segundo sabe-se lá que critérios. Quem me manda a mim ser trabalhadora independente e, com isso, pagar valores absurdos de IVA, descontar o máximo para o Estado e não ter direito a um subsídio de desemprego, que era o que realmente seria justo? Até a própria funcionária da Segurança Social me sugeriu fechar atividade, tendo em conta os meus ganhos. Triste, isto.



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Exmos. Srs. Recrutadores de Empresas que se acham acima de quaisquer outras,...

... como raio querem que eu tenha experiência em áreas que não a minha e me tenham a lata de dizer que eu tenho todas as características para um cargo, mas que não tenho a "experiência no setor"? Para que função mirabolante me estou eu a candidatar afinal, que não se aprende?! Então eu não tinha todas as características? Isso não inclui capacidade de aprendizagem, a determinação, a resiliência?
Não querem recrutar, não inventem desculpas. Poupem-me, que hoje ainda é o primeiro dia útil do ano!

"2012": o filme. Hummm... Naaaaaa...

Eu já estava de pé atrás por ter este filme como a grande estreia da SIC no dia de ano novo. Falar do fim de 2012 no dia em que 2012 começa, cheirava-me a esturro. Mas com alguma expectativa, e totalmente desmotivada de ver o Avatar (aquilo não me convence, não vale a pena...), decidi ver ontem o tal filme do fim do mundo. E apenas me apraz dizer o seguinte: 
"CA PALHAÇADA!!!"
a
Podiam ter avisado que o filme era assim, caramba. É que nem muito espremido aquilo tem conteúdo. E lá perdi eu mais uma horita (ainda aguentei, hein?) da minha vida a ver explosõezinhas e cena mais impossível atrás de cena mais impossível. E o Invictus, ali mesmo ao lado. Bolas...