sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2012

Desejo:

- trabalhar mais;
- sentir-me útil;
- ter estabilidade financeira;
- ser criativa;
- ler muito mais;
- ouvir muita da minha música;
- ir mais ao teatro e a concertos;
- fazer passeios e jornadas culturais;
- viajar em lazer;
- andar muito; 
- investir mais em momentos só nossos; 
- que os laços se fortaleçam;
- rir muito;
- conhecer muitas coisas e pessoas novas;
- rodear-me de pessoas estimulantes;
- lidar com pessoas competentes;
- deixar de querer agradar a todos;
- descobrir novas capacidades em mim;
- investir mais em mim;
- regressar ao desporto; 
- andar mais de bicicleta;
- ser melhor pessoa;
- ser melhor amiga;
- ser mais presente;
- ter as pessoas que mais me importam sempre comigo;
- ter força para ganhar novos fôlegos;
- ajudar mais os outros;
- tentar o voluntariado;
- ser mais otimista (voltar ao que era);
- voltar a sentir orgulho em mim;
- ser mais feliz.

Genericamente, é isto. E tudo o que isto implica. Se mais vier, será bem vindo.

Das previsões.

Todas as previsões da Troika e do Governo nos indicam que 2012 vai ser um ano muito difícil e de sacrifício. Todas as previsões astrológicas apontam para que o ano de 2012 seja muito mauzinho para o meu signo. 
Portanto, estamos mal. Não há uma janelinha que se abra no meio destes prenúncios tão pouco agradáveis? Diz que sim. Diz que o ano de 2012, no meu caso, vai ser mau para as relações afetivas, que muitos laços se vão perder e que vou descurar a relação com as pessoas de quem mais gosto. Humm... custa-me a crer, mas enfim. Mas diz também que a parte profissional vai melhorar, que vou conseguir alcançar boas vitórias e que vou finalmente encontrar alguma estabilidade. E aqui, digo exatamente o mesmo: "Humm...custa-me a crer, mas enfim".
A verdade é que, apesar da minha natural curiosidade, não acredito nada nestas previsões. Acho que, embora não comandemos tudo, somos nós que decidimos por onde ir ou não ir. A conjuntura não dependerá diretamente de mim, mas os caminhos sim. E isso faz-me pensar que eu posso estar a ir em direções erradas, embora também desconheça quais as certas. Por isso, estou a encarar o novo ano com zero níveis de entusiasmo. Apenas desejo o fim deste 2011, que genericamente foi mau e me trouxe momentos muitos maus de descrença em mim e no meu valor e me arrastou para níveis perigosos de melancolia. Só preciso desta noção de "fim", de que o 11 acabou e de que o 12, um dos meus números preferidos de sempre, está à minha espera e me trará novo ânimo. Porque é isso de que estou a precisar: de ânimo.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Tenho um blogue porque quero.

Há quem não entenda os blogues, nem a necessidade de eu ter um. Mas eu não tenho que explicar nada a ninguém, e se tenho este espaço, é para mim, apenas o deixo em aberto para quem o quiser visitar. Não dou recados indiretos a ninguém através dele, nem penso se fulano ou beltrano irá ver isto e gostar ou detestar. Eu escrevo aqui e criei este espaço que, por muito que possa ser lido, é só meu, porque tenho uma necessidade de escrever que alguns não entenderão. Preciso de falar, de desabafar, de expor o que muitas vezes apenas me vai na cabeça e que não precisa de vozes a interromper ou a contrapor. Escrevo porque gosto, porque vejo na escrita um meio menos doloroso de falar do que me apetece, do que me perturba, do que me anima, de tudo. Não escrevo para ninguém; escrevo, sim, para mim e dou a oportunidade a quem cá quiser vir de ler.
Nesta fase da minha vida, a escrita é das poucas formas que tenho de comunicar, de expor o que penso. Por isso, não me limitem pelo menos nesta minha forma de escape. Já vejo tantos caminhos da minha vida limitados, que só preciso de saídas, e não de viver em becos escuros e sem ar para respirar.


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O meu Natal foi hoje.

Hoje foi o dia em que senti que cumpri o espírito natalício. Estive com uma ex-aluna a quem a vida pregou algumas partidas cedo demais e que, ao longo de todo o caminho, ganhou mais maturidade do que mulheres da minha idade em muitos anos. É uma jovem alegre e sempre com espírito positivo, apesar de a vida não ter sido (nem ser) nada fácil para ela e ter que viver muitas coisas só para si. A muito custo, consegui que as partilhasse pelo menos comigo, o que, há largos meses, culminou num desespero tal que a levou a largar os livros no meio da rua e a abraçar-me com uma enorme força e num choro longo e sufocante. Foi muito difícil ver uma jovem a sofrer sozinha tudo aquilo e, mais ainda, não sentir que a quem quer que ela contasse o que se passava, fosse ter o apoio de que precisava. Desliguei-me, por isso, do meu papel estritamente profissional e assumi a vertente humana que a fez confiar em mim. E confiou.
Saber que eu desempenhei um grande papel nesse processo de recuperação, nessa caminhada difícil e que fui, de facto, uma professora que se transformou numa amiga de confiança para a minha aluna é uma satisfação. Foi vê-la hoje a sorrir para a vida com uma alma cheia de energia, uma alegria imensa.
Hoje, sim, tive o meu Natal.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Impõe-se.


A todos os familiares, amigos, colegas e visitantes deste blogue, o desejo de um Natal muito divertido, partilhado e docinho! :)





quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Dia 26 significa...

... o fim para todo o sempre dos anúncios de perfumes e da música da Popota. Acabam-se finalmente os" I DON'T CARE!" berrados do Prada Candy, o "Valentina! VALENTIIIINA!" aflito do perfume do Sr. Valentino e a oferecida da Popota Lopez! É que ouvir isto até à exaustão, sobretudo de manhã, quando o sono já nos faz acordar rezingões e sem paciência para o que quer que seja, é um verdadeiro teste ao nosso espírito natalício. Até agora, temo-nos portado bem, uma resistência impecável. Mas estamos no limite. Valha-nos o exercício mental de auto-ajuda: é só aguentar mais dois dias estes anúncios psicadélicos e estamos safos. Não desesperemos, pois.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Ou é tudo ou não é nada. É aproveitar, parece que esta é a semana do "tudo!"

Mas o que é que deu à RTP1 para esta semana estar a emitir to-dos-os-di-as a horas decentes excelentes filmes? 
Segunda feira foi este:


Ontem foi este:


Hoje é este:


Numas alturas não há nada de nada ou só uns quantos filmezitos repetidos à exaustão emitidos ao sábado ou ao domingo. Noutras é esta beleza de noites de cinema. E quem se lixa são os mexilhões (nós, bem visto) que acordam todos os dias bem cedo. E ir para a cama à 1h da manhã não está a ajudar muito ao processo, sejamos francos. Mas acontecendo, ao menos que seja nestes dias, em que nada de menos bom parece importar. Aliás, esta semana está a ser boa em muitos sentidos; esta pequena oferenda da televisão pública apenas reforça mais o lacinho vermelho do nosso presente. Boa, RTP!

Dos laços.

Tenho um tio que é a cara chapada do meu pai. Aliás, é mais ao contrário. Se fosse cientificamente possível, diria que ambos eram gémeos com quase 10 anos de diferença. As parecenças são incríveis e dou por mim a olhar para o meu tio ou para fotografias dele e a sentir um amor enorme como se se tratasse do meu pai. E sempre que isto acontece, lá começo eu a treinar o meu cérebro para não ser tão precipitado. Para distinguir. Mas eu até o percebo. É que no meu tio vejo o meu pai daqui a 10 anos. E contra isso, não há cérebro, razão ou emoção que o valha.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A alegre casinha do Sr. Padre.


Numa conversa sobre vida a dois e expectativas, dei por mim outro dia a constatar que a minha casa de sonho é a casa paroquial do padre da minha freguesia. Eu sei, eu sei, soa muito estranho, mas a casinha é e reúne tudo o que desejo para poder marcar o "visto" no quadradinho dos sonhos de habitação, o que é que eu posso dizer?

Sim, eu sou uma pessoa estranha. Eu reconheço.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

"As cartas dizem-me que eu devia ser terapeuta sexual, mas que, não conseguindo, é melhor atender estes tefonemas, dar uns conselhos e aguentar, que eu já nem a ditar a sorte dos signos me safo e já não vou p´ra nova."

Hoje, no programa da Maya (eu não tenho culpa que a minha vida nos últimos tempos seja toda ela uma silly season) ligou um senhor que queria saber se a sua relação iria ter futuro ou não. Coisa normal, se se tratasse da sua mulher. Aparentemente, tratava-se mesmo da mulher de outro. Ele é casado, ela é casada e ambos estão numa relação extraconjugal, curiosamente um com o outro. E o senhor queria saber se o que ia para a frente era essa relação paralela, e não aquela, a real, a oficial. E diz-lhe a Maya: "Não se preocupe, caro José (não sei o nome dele), o seu casamento está mesmo por um fio. Está mesmo perto de finalmente ser feliz!". Sou só eu, ou isto é tudo muito perverso? E o melhor foi a tirada da sra. dona taróloga a dizer: "Nós aqui não julgamos as pessoas, temos que dizer o que as cartas nos indicam, senão elas começam a dar-nos orientações erradas". Eu cá acho que tudo aquilo, desde a senhora com nome de abelha, até ao sr. que telefonou, desde o genérico inicial até aos patrocínios, é uma orientação errada. Mas isto sou eu.


E lá começa uma das minhas semanas preferidas do ano. Sobretudo porque já está tudo comprado e só falta mesmo tratar de tudo o que não implica dinheiro. O que, tendo em conta os últimos dias, é um descanso daqueles.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Hoje é um dia feio.


É um dia feio e chuvoso, visto da rua.
É um dia feio e perigoso, visto da estrada.
É um dia feio e enervante, visto do trânsito.
É um dia feio e desconfortável, visto da janela.
É um dia feio e acolhedor, visto da lareira.
É um dia feio e útil, visto da minha to do list.
É um dia feio e distante, visto do meu mapa.
É um dia feio e mais vazio, visto do meu coração.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Somos pobres, somos...

Há crise. 
Então não há! Sobretudo nas lojas da ZON, onde se fazem longas filas no serviço de adesões, se espera mais de meia hora para se ser atendido e de ambos os lados do longo balcão se ouvem os clientes a pedir mais este e aquele serviço. "Ah, é só mais 10 Euros? Então compensa! Pode adicionar à mensalidade." Ou, como eu hoje também ouvi: "Escolha-me aí o mais fixe. Nem que seja mais caro." (isto vindo de uma senhora de 40 e tal anos, aparentemente sem grandes posses). 
E eu olho para estas pessoas - que são as mesmas que se queixam das rendas, do desemprego, da miséria, do governo e de tudo o mais - a assumir estes encargos tão secundários com esta facilidade e leveza e penso "O nosso mal não é a pobreza do bolso. É mesmo a pobreza de espírito". É que nem há dúvida.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Vermelho, amarelo ou verde?

No dia em que eu vejo um programa de televisão sobre uma rapariga que desistiu da sua profissão consolidada de engenheira civil para se dedicar inteiramente à sua paixão pela guitarra portuguesa e se tornar na primeira guitarrista feminina deste instrumento, chega-me um mail para uma formação (da qual há tanto se esperava uma confirmação que já parecia não vir) numa área completamente distinta da minha, mas que me seduz e já por muitas vezes me deu ânimo para avançar para um projeto só meu. E que, por culpinha da razão, ficou sempre em segundo plano. 
Eu sou resistente a estes ímpetos, mas estas coincidências lixam-me os planos, caraças. 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ele não gosta e eu adoro - I

Vamos lá inaugurar esta secção aqui no blogue.
Ele gosta de umas coisas, eu de outras. Algumas são comuns, outras são como o dia e a noite. Vamos aprendendo um com o outro a educar os nossos ouvidos e os nossos gostos. Umas vezes resulta, outras vezes não. 
Só por curiosidade, esta secção é mais orientada para a segunda hipótese.



(Está cientificamente provado - por mim, é certo - que esta música é muito mais bela se a ouvirmos de olhos fechados. 
Tentem, vão por mim.)

Nota da editora.


Dei por mim há dias a ler o meu blogue e a constatar que falo muito de emprego, da falta dele e de toda a angústia que isso me traz. É uma amargura muito minha e compreendo que não seja interessante para quem me lê. Por isso, a partir de hoje, vou dar o meu melhor para guardar esses desabafos para mim e não falar tanto disso, prometo.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Eu já contava, mas mesmo assim...

Concorri a um procedimento concursal. Demorou um ano a realizar-se a primeira fase do processo. Obtive uma classificação mediana numa prova de conhecimentos difícil numa área que não domino, mas que procurei que viesse a ser a minha. Na entrevista profissional, obtive a segunda melhor nota de entre 47 pessoas. Fui excluída porque a ponderação valoriza mais a capacidade de fazer consulta à bibliografia obrigatória do que a personalidade, as competências pessoais e profissionais, as experiências de vida e os conhecimentos dos candidatos. Contava ser excluída, porque soube desde logo a minha nota na prova de conhecimentos. Mas vivia aqui uma réstia de esperança. Em vão.
É mais do mesmo, do que tudo o que este ano tem sido para mim. Mais uma constatação daquilo que eu valho.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vamos lá criar "tags", ou lá o que é isso!

Resolvi que aqui no blog vou começar a fazer listas. Faço-as no meu dia a dia e, por isso, faz sentido que as faça também aqui. Mas como eu sei que, se deixar uma lista com diversos pontos ninguém vai ler (o post anterior foi a prova...), vou fazendo isto por etapas, à medida que me for apetecendo e que determinada situação me tenha acontecido naquele dia ou me tenha surgido naquele momento. E vou criar as afamadas "tags", que assim quem quiser a listinha completa de alguma coisa desinteressante sobre a minha vida, fica lá com tudo organizadinho. 
Vamos lá reconhecer: sou ou não sou amiga das três ou quatro pessoas que vêm cá ter, se bem que duas por engano, hã?

sábado, 3 de dezembro de 2011

Sobre a minha vida neste momento.

1. Fui a nova entrevista e não sei em que situação estou. Candidato-me para algo que seria um grande desafio, mas que implica muito comprometimento da minha estabilidade pessoal, temporal e psicológica. Não sei se agradei ou não, não sei se gostei ou não. Preparei-me muito e para vários cenários e não me atrapalhei. Disse que queria avançar e que me mantinha motivada, então sabidas as condições, mas a verdade é que não sei se isso é verdade; à saída a única sensação que tive foi de alívio, por já ter passado. Não sei se é bom, se não, mas vou aguardar. Vou sempre a tempo de dizer que não, mas sem arriscar nunca sairei de onde estou. Dizem-me que o importante é tentar e questionam-me constantemente se a proposta me faria feliz. Não sei responder a isto, não sei se me fará feliz. Resolvi, por isso, não antecipar cenários. Só de pensar neles, fico uma pilha de nervos.

2. Conseguimos, juntos, uma pequena grande conquista que nos deixa muito felizes e orgulhosos de nós. Em tempos difíceis, ter muita ponderação e sensatez, é uma prioridade, e ter uma pessoa igual a nós nesse sentido, é simplesmente incrível. Nunca dar um passo maior que a perna e orgulharmo-nos disso - é a nossa pequena grande vitória por estes dias.

3. Sinto-me bem e confiante, apesar de a realidade lá fora assustar um pouco. Estou a recusar alinhar em estratégias dissimuladas por parte das empresas que me contratam e, com isso, abrir precedentes para abusarem mais do meu trabalho. Digo o que tenho a dizer e "bato mais o pé" a todas as maroscas ridículas que tentam criar à minha volta. Nem vale a pena, meus amigos. Não estou nem aí.

4. Ando a ouvir muita coisa alternativa no YouTube e ando contentinha com as minhas recentes descobertas. O que recentemente mais me caiu no goto chama-se "The Grates" e é uma das minhas bandas sonoras diárias do momento. É assim ajeitadinha, a puxar para o punk e para o "nós-não-estamos-fora-de-moda-nós-temos-é-estilo". Gosto.

5. Este fim de semana, para além de prolongado, está a ser fantástico e tem um travozinho a mini férias. Trouxe sobretudo tempo, que era o que, existindo a mais na minha vida, muito nos faltava na nossa. Têm sido, por isso, dias de muitos sorrisos. E isso, mesmo no meio de muita tosse e espirro, é o melhor, mesmo!