quarta-feira, 29 de junho de 2011

Alerta: este é um post só de mulheres para mulheres. (Homens, eu estou a avisar. Depois não me venham falar de futilidades e béu béu béu...)


As unhas das mulheres são resistentes para aguentar acetonas, vernizes, lixívias, todos os produtos de limpeza da casa e o que mais houver, mas não foram claramente feitas para lavar carros, limpar jantes ou mexer em óleos de motor. 
Investi ontem numa limpeza profunda ao meu carro. O companheiro diário da minha vida de pseudo-nómada profissional merecia já há muito esse mimo. Passado um dia da aventura, comparadas com as de um mecânico, as minhas unhas parecem ter sido sujeitas a uma mistura de cinza com Super Cola 3. E isto depois de ter passado horas a lavar louças e roupas, ter tomado banhos, escovado com isto e com aquilo e esfregado em limão e mais limão... e mais um bocadinho de limão. 
Olho para estas minhas unhas como quem não desiste, mas não sabe mais que fazer. E enquanto isso, o meu carro anda ali todo brilhantezinho, giro que se farta. Mas só por isso, já vale a pena.


segunda-feira, 27 de junho de 2011

Os focos da questão.


Faz-me uma confusão tremenda esta coisa da gente famosa (às vezes nem sei bem pelo que é famosa...) ser notícia nos Telejornais ao longo de dias. Primeiro, foi a Sónia Brazão. Sim senhora, a coisa foi grave, houve uma explosão de gás que a colocou em risco de vida. Agora por que carga d'água vamos andar aqui a especular se foi premeditado ou não, se andava feliz ou deprimida? Ninguém tem nada a ver com isso e, mais que tudo, nada dessa matéria se deveria prestar a um noticiário. Será importante, sim, averiguar se houve ou não intenção apenas num momento futuro, caso a senhora sobreviva, para aferir a sua impunidade ou não. De resto, que interessa isto a um jornalismo que se quer sério e isento dessas especulações?! Não seria viável, tal como aconteceu há tempos, saber se houve outros danos ou outras pessoas feridas? Não digo que não tivesse sido feita e divulgada essa informação, mas não foi, certamente, o foco da atenção.

Outra que tal é esta coisa do Angélico Vieira. Não é uma figura relevante, não é grande espingarda em qualquer uma das áreas que dizem ser as dele, é o antónimo da humildade e tornou-se famoso por namorar com uma rapariga também dita famosa, que sobrevive mais pelos seus talentos físicos que pelos profissionais. A verdade é que houve um acidente grave e, como qualquer outro do género, deve ser noticiado. Mas não será o cerne da questão a gravidade e a inconsequência dos actos que conduziram àquele final, e não o facto de estar uma figura pública envolvida? A que ponto da nossa evolução chegámos, quando a notícia se torna apenas divulgada durante longos períodos de tempo quando há uma figura de revista e de telenovela no foco central? O importante seria, sim, sublinhar as questões de negligência quanto à segurança dos passageiros (excesso de velocidade e ausência de cinto de segurança) e à inexistência de um seguro associado à viatura. 

Nesta "aventura" morreu imediatamente uma pessoa no local e uma miúda de 17 anos está internada ali, mesmo ao lado do dito "actor/cantor", no mesmo hospital, em situação igual ou pior. Mas no meio disto tudo, só um é notícia: aquele que dá linhas a textos cor de rosa. 

Triste, esta realidade.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

23 de Junho

Portanto... temos uma noite de São João e uma cabeça (a minha) com muitas dores. Temos festa, música, boa comida, folia e temos os martelinhos. Temos a minha sanidade mental e temos o Tony Carreira.  

Oh well... vamos a isto!



sexta-feira, 17 de junho de 2011

É só para saberem.


Fascinam-me as pessoas que não conseguem dizer "salsicha" e "caderneta" e, em vez disso, dizem "salchicha" e "cardeneta". 

(Pronto, era isto. Saúdinha a todos.)
a

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Avanço ou fico?


Se o meu espírito me diz a toda a hora para por mãos à obra e lutar por mim e eu continuo a seguir o conselho dos outros e a deixar-me estar à espera de algo que todos acreditam que vá acontecer menos eu, estou a ser muito idiota, não estou? Ou apenas cautelosa? 


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Este fim de semana deu paninho para mangas. Parece que a semana vai pelo mesmo caminho.


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Alguém me explique pf.

Qual é a lógica dos larguíssimos lugares de estacionamento dedicados exclusivamente a grávidas que proliferam nos parques dos hipermercados e centros comerciais deste país? Não é por uma mulher estar grávida que o carro ocupa mais espaço, certo? Ou está-me a falhar alguma informação? 

(Brilhante ideia de um homem, só pode.)


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ai povinho português, povinho português...

... que não aprendes, que não participas, que não decides e que estupidificas a cada momento da tua dita evolução...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Entre o querer ir e o ficar


Falava outro dia com uma amiga sobre o futuro e sobre o que estará à nossa espera. Fizemos um breve balanço do que foram os nossos últimos 10 anos e, chegadas ao momento presente, nenhuma de nós esboçou um grande sorriso. Não estamos onde há 10 anos pensávamos poder estar. Não temos tudo o que achávamos óbvio e natural ter - uma família constituída, um emprego certo, uma tranquilidade a vários níveis. Em vez disso, vivemos na base do "mais ou menos", em que tudo é uma indefinição e em que apenas as boas coisas que temos e que conseguimos alcançar - mesmo se poucas em número - nos animam e nos ajudam a não querer baixar os braços e a desanimar. 
Sobre o futuro, um enorme ponto de interrogação. Não quero saber o que virá, nem tão pouco antecipar ou apressar o que for. Quero viver cada dia, simplesmente. Mas com expectativas, com entusiasmos, com desafios. E isso falta. Falta muito, na verdade. Tenho saudades da pessoa que fui, que se aventurava, que sorria sempre, que lutava mesmo quando havia dúvidas se iria conseguir e que apenas se agarrava ao desejo de alcançar aquela meta. Tenho saudades dessas dúvidas e do prazer das concretizações que se desenhavam difíceis, mas que se tornavam reais. Tenho saudades de arriscar, de ir, de me por à prova.
Hoje são ainda muitas as dúvidas, mas já não sobre se irei conseguir ou vencer, mas sim sobre a própria decisão do ir, do partir, do deixar. Há muita coisa que me prende, outra tanta que me empurra. E eu estou no meio, desejosa de dar passos maiores, mas ciente da necessidade de não colocar outras conquistas - que não só as minhas - em risco. Sei que quero ir, mas que também quero ficar. E sei que não queria estar neste lugar onde estou - entre a sombra e a indefinição.

" (...)
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem 
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou."

Fernando Pessoa
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