quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Custa muito colaborar, Nokiazinho e outro que tal nipónicozinho?


Eu antigamente até gostava muito de telemóveis, é verdade. Ficava fascinada com as novidades, mas tinha o meu e nunca fui de comprar essas coisas por impulso. Principalmente porque para um impulso desses, era preciso abdicar de algumas notas que nunca me pareceram muito justas tendo em conta o produto para a troca. Vai daí, sou fiel ao meu Nokiazinho de há muitos anos e a um de uma boa geração, que me funcionou em pleno uns seis meses. A coisa tem vindo a piorar, mas eu tenho tentado manter-me fiel aos meus dois companheiros de carteira. Porém, hoje, a coisa está-me aqui a irritar que chegue. O finlandês diz-me sempre que está com memória cheia, quando não tem nada memória cheia (longe disso), e bloqueia-me tudo o que é chegada de mensagens; para além disso, sempre que o desligo, ele perde as definições de data e hora, o que é simplesmente mau. O tailandês tem uma memória do tamanho de uma pulga, não me aceita cartões, não toca nem reproduz som e sempre que o desligo e volto a ligar perde-me as mensagens dos últimos 15 dias! Que se passa com estes bichos, caramba? Eu trato-os tão bem!
Está resolvido: quando a vida melhorar e me permitir, vou para um daqueles Dual SIM, simples e práticos. Só preciso que faça chamadas, toque, ligue à Internet e tire fotografias de boa qualidade. Joguinhos e aplicações são giros, sim senhor, mas de pouco me valem se não tiver o resto, right? Mas pronto. Por enquanto, vamos vivendo em trio, numa ausência de toques, mensagens recentes e definições de hora e data definitivas. Não é bom, mas é o que há. Não é assim que todos vivemos agora (ou deveríamos, pelo menos?)


(São só umas ideias... deixem-me sonhar um bocadinho...) 

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Nesta casinha dos degredos que é o nosso país...

... quem merece sair? Quem é que neste momento é o maior parvalhão chapado da sociedade portuguesa? O Cristiano Ronaldo ou o Alberto João Jardim? 

"E vão mais duas humilhações ali para aquele país do canto, ó faxavor!!!"



(Raio destes bichos da madeira...)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

"Obrigada pela simpatia. Até uma não próxima."

Se há coisa que me irrita profundamente é o mau atendimento em qualquer serviço. E pior é que se me apanham num dia mau, em que não esteja para aturar antipatia, apatia ou incompetência, é certo que vão levar um bónus da minha parte. Raramente me deixo ficar ou ignoro a incapacidade destas pessoas de lidar com o público - e muito sinceramente, acho que ajo bem, pelo menos em conformidade com o comportamento que recebo. Habitualmente acabo por fazer um pequeno reparo ou, na maior parte das vezes, um comentário sarcástico ou um uso mais ou menos dissimulado de ironia sempre que me deparo com estes "profissionais". 
Hoje está a ser impressionante. Já não há um "por favor, o que deseja?" na abordagem ao cliente, mas apenas um acenar de cabeça do tipo "Diz lá o que queres, que às 6 tenho de sair";  a entregar os sacos, os papéis, os envelopes, eles são atirados, em vez de entregues educadamente em mão ou, pelo menos, pousados com algum cuidado; a entregar o troco, já não se olha para o cliente ou tão pouco se agradece a preferência. Mas que raio se passa? 

Eu podia inventar muitas teorias, mas acho que tudo se resume a má educação. E a estupidez crassa, talvez.

Um carneirinho, dois carneirinhos, três carneirinhos...

Esta noite sonhei que tinha recebido uma excelente notícia, uma resposta a uma dúvida que já paira há algum tempo por aqui. E estava cá com uma fezada (esta palavra fica horrível escrita, eu sei) que era hoje que ela estava lá à minha espera, toda bonitinha e a sorrir para mim. Estava numa moderada expectativa em abrir a caixa de email e encontrar lá um motivo de alegria. É que, assim de repente, eu gostava de decidir a minha vida e ando aqui a empatá-la em função de um "sim, vamos lá ver o que vales" e o "não, nem te dês ao trabalho". Mas lá se me passou o entusiasmo num ápice. Nada de nada. Só convites para gastar dinheiro nisto e naquilo, alguns "invista na sua formação", "aposte em si" e balelas do género. Quanto ao que realmente interessa, um enorme vazio, um silêncio ensurdecedor.
Os nãos não são simpáticos, mas as esperas e as dúvidas constantes não são melhores. Quando, mas quando, é que isto vai acabar, caramba?

 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

"Tu não és normal..." - 3

Por regra, não vejo novelas, mas tenho uma tentação enorme de ver sempre o último episódio de cada uma delas, quando as apanho num zapping distraído. Acho que é pela tentação de querer sempre ver finais felizes, de só ver sorrisos, casamentos, bebés, encontros felizes e béu béu béu. O pior é que não fazendo a mínima ideia do que trata a estória, na minha cabeça tudo faz sentido naquele último episódio. 
Sim, eu por vezes sou estranha, admito. Mas isso também não é grande novidade, bem vistas as coisas.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Habemos patientia?

Sou péssima para esperar. Mas mesmo assim, muito mais paciente do que aqueles que me pedem paciência e calma todos os dias e que nem se conhecem em situações de longa, mas muito longa espera. Por isso, até ver, acho que me estou a portar bem e que não é totalmente ilegítimo que de vez em quando algum do meu desânimo se manifeste. Já há mais de um ano que vivo assim, por isso, talvez seja mesmo eu a ter de pedir para terem alguma paciência comigo. Tudo há-de melhorar, dizem-me. Eu não acredito muito, mas também ainda não baixei totalmente os braços.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Who knew?

E diz-me ele: adorava um dia ter um quarto grande com um pequeno quarto dentro só para guardar a roupa e os sapatos. O moço referia-se a um closet. Não posso exigir que saiba o nome, não temos nem queremos ter tanta roupa, sapatos e acessórios que o justifiquem (seria apenas por uma questão de organização), nem acredito que alguma vez consigamos chegar a um patamar na nossa vida que nos permita desenhar uma casa totalmente ao nosso gosto, mas caramba... o meu moço é um "petáculo"! Sempre a ser surpreendida. :)



terça-feira, 13 de setembro de 2011

Isto não é sobre mim. Just for the record.

Esta coisa das relações tem razões que a própria razão desconhece. Eu sempre ouvi dizer que o final de um relacionamento é muito difícil, traz muitas emoções à flor da pele e implica sobretudo uma grande capacidade de reaprendizagem de como voltar a viver sozinho, ou, pelo menos, mais sozinho do que antes. Mas também é verdade que cada um viverá essa dor e essa fase da sua vida de uma forma diferente de qualquer outro. Vem isto a propósito de uma "moda" de que me comecei a aperceber há pouco tempo e que me é um bocadinho estranha, mas que - confesso - até acho interessante. Aparentemente, toda a mulher que acabou algum tipo de relacionamento nesta Primavera/Verão vai virar ruiva neste Outono/Inverno. Eu explico. Aquela coisa de as mulheres assumirem um fim de namoro, noivado, casamento, o que for, como um pretexto para mudarem radicalmente de visual e de assumirem essa mudança como o início de uma nova etapa nas suas vidas está este ano em voga. E mais em voga está a escolha da cor. Agora toda a moça que anda por aí com o coração destroçado porque não é correspondida, porque foi traída, porque ele não cozinha bem e mais não sei o quê me anda a virar ruiva. Ruiva! Que moda é esta? De onde veio isto? Eu gosto muito da cor, atenção (apesar de continuar a achar que algumas moças como a de aqui em baixo em versão ruiva ficam muito parecidas com a Jessica Rabbit). Mas não será a mudança demasiado radical? O tal homem que não vale a pena merece essa alteração? Se for por gosto, pois sim senhora. Mas se for por moda ou capricho, talvez valha a pena pensar duas vezes. Já são duas pessoas que conheço que tomaram esta decisão. Em ambos os casos, por si mesmas. Melhor assim. Haja bom senso e está tudo bem.

Preparem-se, minha gente. Se este ano virem muitas falsas ruivas por aí já sabem a razão. As entrelinhas estão descodificadas. Funciona melhor que um cartão identificativo ou um speed dating. Vão por mim.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

"Tu não és normal..." - 2

Vamos lá ser rápidos e diretos: eu não abasteço o carro na GALP nem na BP. 

A BP:
Desde aquele enorme acidente com a plataforma de petróleo desta empresa, por pura negligência, que me recuso a contribuir seja de que forma for para o enriquecimento, sucesso ou posicionamento da marca BP. A gasolina, por vezes, até é bem mais barata ali do que nas concorrentes, mas nada me demove ou convence. É uma questão de princípio.

A GALP:
No geral, apenas opto pelas gasolineiras do Jumbo, porque são muito mais baratas e sei de fonte segura que os combustíveis vêm ali de Leça da Palmeira, exatamente da mesma refinaria de onde partem centenas e centenas de camiões todos os dias para encher tanques de certos postos de marca. E com os mesmos componentes, aditivos e mais não sei o quê. Igualzinho, a papel químico. Daí que me recuse a pagar aos milionários que vivem à custa do marketing da marquinha laranja e que olham para os que ainda abastecem nos seus postos - crentes de que de facto vale mesmo a pena, se nota imenso a diferença na performance do automóvel e que aquele combustível em particular possui capacidades mágicas especiais que nunca permitirão um problema de motor - como uns belos parvinhos que comem a palhinha que lhes dão. Naaa, não resulta comigo. Já de mim sou cética, mas sabendo agora que é tudo a mesma coisa, recuso-me terminantemente a contribuir para a riqueza doentia destas abébias executivas disto e daquilo que só sabem ostentar o que muitas vezes nem lhes pertence. Tenho pena que muitos que conheço e que poderiam fazer investimentos mais certeiros (e poupados!) ainda duvidem que a maquilhagem é toda falsa.  E que realmente o cerne da questão está na forma como se dá a palha a comer a quem a quer.




quinta-feira, 8 de setembro de 2011

"Tu não és normal..." - 1

Há muitas pessoas que olham para certos hábitos meus e, perante a estranheza dos procedimentos a que assistem, me dizem com aquele ar meio entre o estupefacto e o gozo "Tu não és normal...". Encaro estes comentários como formas carinhosas de me dizerem que são essas pequenas anormalidades que os fazem achar-me alguma graça (ou não!) e cá para mim acho que são estas pequenas preciosidades da minha existência (ou manias, vá) que me definem e me distinguem dos demais. Daí que tenha resolvido iniciar um novo capítulo aqui no estaminé sobre estas minhas "particularidades" (chamemos-lhes assim, para sermos simpáticos).

Vamos lá então à minha primeira (e aparentemente estranha) particularidade:

Quando estou a comer várias coisas de que gosto, elaboro mentalmente uma sequência lógica para as ingerir. O critério é sempre o mesmo: do menos bom para o melhor. Isto acontece frequentemente com biscoitos, bolos, chocolates, gomas, mas também com fruta. O melhor vem sempre para o fim. Ainda outro dia selecionei uns dez figos para comer - a minha completa perdição, neste e no outro mundo! - e dei pequenas trincas a todos para conseguir deixar os melhores para o final e o melhor dos melhores para último. E isto não só para os figos. Ameixas e pêras D. Joaquina também entram no cartório. Eu sei, é uma "panca". Mas é minha, eu gosto e quando estou sozinha, sou muito feliz nesta minha pequena (a)normalidade.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Cá das minhas coisas.

Há momentos em que analiso com detalhe a mais a minha vida e chego a algumas conclusões que nem sempre são as mais corretas ou apuradas.
Não faz mais de dois dias que me apercebi o quanto deixei passar por mim datas e momentos importantes da vida dos outros, o quanto abandonei por tempo a mais comunicações com aqueles que ocupam uma parte importante da minha existência. E senti-me muito mal com isso. Reconheci o meu erro, a forma como falhei nessas amizades e procurei recuperar. A verdade é que se uns efetivamente ficaram sentidos com a minha distância, outros mal a sentiram. E se esses primeiros me perdoaram e logo arranjaram forma de contornar a situação, outros nem sequer lhe deram importância ou tentaram uma nova tentativa de reencontro.  E pronto. Lá vou eu revisitar as minhas emoções e procurar uma ou outra conclusão acertada. Umas vezes conseguindo, outras nem tanto assim.
Eu percebo que ninguém é igual a ninguém, que os tempos e as fases da vida nos moldam, nos comandam, por vezes. E eu sou a prova disso. Mas entre estas diferentes formas de viver e compreender a amizade estou eu. Muitas vezes plenamente consciente do que faço, outras estupidamente a leste de qualquer rumo certo que exista para essa relação. 


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Hoje...

... não estou com muita disposição, não me apetece fazer nada, não tenho paciência para obstáculos e não quero telefonemas ou mensagens a darem-me conta de alterações de planos, se posso ou não, se me importo ou não, nada! Deixem-me estar na minha solitária neura, também tenho direito a ter um dia mau sem razão.


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

E cá temos.

As listas que confirmam a minha decisão definitiva de deixar de tentar ser docente numa escola. São 7 anos, já chega. Sendo o meu emprego de sonho, é uma desilusão. Mas pior é viver sempre na incerteza dos "e ses" e nos entretantos ter a vida quase parada à espera de uma coisa que nunca virá para a fazer andar no sentido que quero. É assim. 
Adeus D. Docência. Tive muito gosto em conhecê-la e em confraternizar, mesmo que por muito pouco tempo, consigo. Até um dia.