quinta-feira, 28 de abril de 2011

"Vamos patrulhar ali a Pasteleira ou vamos estragar o dia a uns quantos trabalhadores honestos, que estão a minutos de entrar ao serviço?"

 
Eu sempre me dei bem com a Polícia. Nunca me senti intimidada e, apesar de reconhecer que faz muito menos do que deveria, e que se dedica erradamente em exagero a atividades pacíficas em que mostra a sua autoridade em vez de a controlos apertados em ambientes sociais problemáticos e em que tudo acontece às claras, de onde foge a sete pés, sempre a considerei uma instituição séria e merecedora de respeito. Até hoje. Eu já por mim tento abstrair-me de tudo o que a Polícia não faz e de tudo o que se pela de medo em fazer. Mas perceber que fazem um uso absolutamente errado, ridículo e ofensivo da sua posição de autoridade é uma desilusão e fez-me desacreditar em segundos na entidade de segurança. 
Hoje fui maltratada por um agente, que me gritou enraivecido sem razão, que me chamou "estúpida", que me mandou para o "ca****o" e que me ameaçou de me fazer pagar 500 Euros por desrespeito à autoridade, simplesmente porque deixei o carro descair 5cm enquanto falava comigo e eu pedia desculpa. Eu, que nunca ultrapasso limites, que sou uma condutora consciente e que nunca dei pretexto para o que quer que fosse. Estive a milímetros de ser multada em 500€ e com o bónus de ganhar um cadastro todo pomposo de "desrespeito à autoridade", por ter parado ao sinal e por ter deixado descair o carro. 
Sim, Sr. Agente, eu estava mesmo a preparar-me para me por em fuga. Sim, mesmo ali à sua frente e à dos seus quatro colegas ávidos de multas. E sim, eu sou mesmo estúpida por ainda acreditar que as instituições públicas zelam pelos meus interesses.

domingo, 24 de abril de 2011

...


Às vezes, tenho mesmo a sensação que não sou suficiente para ninguém. Tudo o que faço fica sempre aquém do que deveria ser ou daquilo que os outros esperariam de mim. Não bastasse eu já me achar nesta fase de vida muito longe de tudo o que desejo e do que sei que consigo ser, ainda tenho este peso de perceber que não sou tudo o que os outros esperam e de os desiludir constantemente, por mais pequeno que seja o pormenor.


quinta-feira, 21 de abril de 2011

Daqueles posts que ninguém vai ler.


Gostei muito de ter visto ontem a entrevista com o General Ramalho Eanes. Enquanto meio Portugal via e ouvia jogos e relatos de futebol, este grande senhor falava da forma mais franca e objetiva da situação de Portugal, do que a política se tornou, do que está mal, do que está bem, do que é passível de ser mudado, das falsas ilusões em que vivemos, enfim, de tudo o que é o nosso país. Gostei muito de ver aquela clareza e sensatez e cada vez mais admiro a lucidez das palavras deste homem e o seu percurso de vida. Um exemplo para o nosso país.


terça-feira, 19 de abril de 2011

Barriguitas.


Que se passa agora, que toda a rapariga - colega, amiga, conhecida - me está a aparecer grávida? Neste momento, já são quatro (quatro!) e promete não ficar por aqui.  Eu sei que há uma fase da vida em que é natural (e suposto) isto acontecer, mas este boom é tão coincidente, que até assusta. Eu já receio os diálogos que começam por "Queres saber uma novidade?", porque quase de certeza que alguém me vai introduzir na história palavras como "grávida" e "bebé" e expressões como "3 meses" ou "vai nascer em Setembro". É bom ver que há tanta mulher a querer (ou a ter de) apostar numa família, mas tanta aposta ao mesmo tempo? Isto está tudo a ficar tão previsível, que até eu, logo de manhã, com os olhos inundados de sono e o cérebro em modo "pausa" , já consigo ler na cara das pessoas a "tal" novidade. Aconteceu hoje. Tumba, mais uma para a contagem! 
Estou a tornar-me numa "pro" das pré-mamãs, no fundo. 


segunda-feira, 18 de abril de 2011

O agora.

Olhando para o presente, facilmente constato: falta novidade à minha vida. Faltam expectativas, falta um "será que?", falta aquela ansiedade boa que nos faz olhar para a corda e ter de decidir para que lado pender.
Falta muito do que me faz feliz, no fundo.


terça-feira, 12 de abril de 2011

Momentos.


Vê-lo dormir. Nos meus braços. E descobrir sempre mais um detalhe que me faz gostar ainda mais dele.





quinta-feira, 7 de abril de 2011

Do FMI.

Ouvia há pouco o Camilo Lourenço a falar sobre a realidade FMIana de que a partir de hoje fazemos parte e fiquei satisfeita por saber que muito do que penso não está assim tão longe da verdade. Eu sempre fui a favor da entrada desta organização no nosso país. Aliás, penso até que o pedido de auxílio já deveria ter sido feito há muito. Para mim, todos os receios que se instalaram na hipótese de uma possível entrada do FMI por Portugal adentro foram sempre e só uma estratégia política de orgulho, o tal "orgulhosamente sós" dos tempos da ditadura - um princípio, a meu ver, totalmente errado e ao qual a mente dos portugueses foi engenhosamente toldada. De repente, vimo-nos a acreditar na palavra dos políticos - "São mentirosos, mas têm razão nisto do FMI". Abramos os olhos! Para onde quer que nos viremos teremos sempre sacrifícios à nossa frente. Não é preferível apertar o cinto na certeza de uma melhoria em vez de uma constante dúvida num futuro que nunca se imaginou tão negro?

Que bom que finalmente vem a ajuda externa. Deixemo-nos destes falsos pretenciosismos de que somos capazes, de que somos desenrascados e mais não sei o quê. Desde o 25 de Abril, o Fundo Monetário Internacional já entrou no nosso país duas vezes e ninguém morreu por isso. Muito pelo contrário. Conseguimos sair do lodo e recuperámos o que, desde sempre na nossa história, nunca soubemos manter - a nossa estabilidade. Por isso, não me venham com argumentos de que não é bom, de que agora é que vai ser. Sim, o IVA deve subir dois valores percentuais; e sim, a vida vai ficar mais cara. Mas se é para apertar o cinto, ao menos que seja rápido e de uma só vez, e não progressivamente ao longo de décadas. É difícil? É, claro. Resolverá os nossos problemas? Acreditemos que sim. Haja inteligência e bom-senso nos cortes de pensões e subsídios e na gestão dos organismos, que todos os sacrifícios - acredito - valerão a pena.
Bem vindo, FMI.

Tchiii... post mais futilzinho....

A apresentadora do programa da manhã para os velhinhos da TVI está hoje com a mesma camisola que a apresentadora do programa para os velhinhos da RTP vestiu ontem.... Tchhh...


quarta-feira, 6 de abril de 2011

O timing perfeito.


Tão giro ficar sem água poucos minutos depois de preparar tudo para passar a casa a esfregona (o que, traduzido, corresponde a ter todas as coisas em cima de mesas, sofás, cadeiras e afins) e de carregar a máquina da roupa!... Tão giro, sobretudo quando ando a tratar destas arrumações com o sentido num grande banho recuperador. Tão giro mesmo...


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Não é uma segunda feira qualquer.

Acordar com a sensação de que tudo pesa, de que não sentimos onde estamos e para onde vamos, de que a cabeça só segue o corpo porque sim, de que a claridade do dia só nos deveria visitar umas horas mais tarde e de que hoje é que deveria ser domingo... é difícil. Isso, e ter tido o sono interrompido de hora a hora até às 5 da manhã e por volta das 6h o meu vizinho começar a discutir com não sei quem sobre não sei o quê. Mas pronto,  há muito que não se via tamanha alegria aqui por estes lados (pelos vistos, não tanta para o senhor que discutia) e o dia acordou bonito, soalheiro e o céu azul... muito azul! E isso torna tudo muito mais leve. E quase apaga as olheiras de proporções humanamente questionáveis.