terça-feira, 30 de setembro de 2014

Apresento-vos...

... o novo membro cá de casa (ou melhor, da casa dos meus pais, mas adoro-o como meu)... o cão mais sexy, mais engraçado, mais giro, mais brincalhão, mais pintarolas lá da zona...

... o Boss!


Resgatado de um fim quase certo, foi salvo por uma família que o adora - a nossa! - e que faz (quase) tudo por ele. É um cão feliz! Onde vai, espalha charme e até a levar vacinas mantém a pose de "dono da minha rua, façam mas é lá mais festinhas"!
É bebé (não parece, mas é), dá trabalho - porque faz os disparates da idade -, mas é super inteligente e um encanto.
Estou completamente apaixonada por ele! :) É motivo para isso, não é?

(Nota-se muito que adoro cães?)



segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A notícia do nascimento do primeiro filho de uma das nossas melhores amigas é...

... uma coisa inexplicável! Chora-se, mas sem se perceber bem porquê; fica-se numa ansiedade de ter o bebé nos braços e de lhe dar, agora, todos os beijinhos e miminhos que, até à data, apenas se davam na barriga da mamã; gera-se uma série de sentimentos que, todos juntos, parecem explodir dentro de nós: alegria, carinho, entusiasmo, dezenas de planos a a atravessar a nossa cabeça...; reflete-se sobre a nossa própria vida e o rumo das coisas, se estaremos a ir no caminho certo e se algum dia seremos brindados com tamanha recompensa; revive-se todos os momentos daquela gravidez em que estivemos presentes - na notícia, no anúncio oficial, na partilha das primeiras ecografias, nos lanches de sábado à tarde, nos medos, nas alegrias, nas experiências, nas formações, nas primeiras contrações e na ansiedade das últimas horas, sempre à espera de saber quando é que íamos receber a mensagem a dizer "Vamos agora para o hospital".

É mesmo um dom, isto da maternidade. Provavelmente, a coisa mais incrível da nossa existência. Definitivamente, quero! 

(Pode ser exagero - pode. Ainda não vi a bebé ao vivo, mas sinto um carinho tão especial por ela... Acreditem que isto é extraordinário.)


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Inquérito 1 - Leitores e seguidores, toca a responder, se fazem o favor!


ATENÇÃO, ATENÇÃO!

Cá no estaminé físico da patroa deste blogue vão ser abertas inscrições para diversos Workshops em áreas criativas. Serão formações de 3h, sempre nas tardes de sábado. E agora digam de vossa justiça, nos comentários:

- Que Workshops gostariam de frequentar? O que têm interesse em aprender?

1,2,3... Vamos! Conto convosco!


(Mesmo que não possam participar nas formações, podem ajudar aqui a vossa amiga blogueira, que ela até é boa moça e merece uma respostinha de vez em quando?)


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

E quando uma criança nos diz...

...
- "Professora, lembra-se daquele caso de uma mulher que foi morta pelo marido, em Lordelo?"
- Não sei exatamente que caso foi esse, P., infelizmente há tantos casos semelhantes.
- Uma senhora que levou dez facadas do marido, nas costas e na cabeça, porque ele tinha muitos ciúmes.
- Não sei exatamente, mas tenho ideia de ter visto uma reportagem sobre isso.
- Ele tinha ciúmes dela e dizia que ela o traía, quando ela era a melhor amiga dele e ele andou toda a vida de casado a traí-la com outras mulheres.
- Sabes muitos pormenores dessa notícia...
- Pois sei...
- E como sabes tudo isso? Deu numa reportagem?
- Não. Sei, porque essa senhora era a minha tia.

POW! Murro no estômago.
O que se diz a uma criança de 9 anos, quando ela nos diz isto?
Foi há duas horas. Estou com um nó na barriga desde então.


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Mas isto já não foi "notícia" há mais de um mês?




Ou fui eu que sonhei? Isto interessa-me tanto como o interior de um tremoço, mas não é suposto uma revista dar algum tipo de novidade? Sobretudo quando as revistas pertencem a uma imprensa de fofoquice?




Ponto extra a analisar: se eles foram um casal durante anos (décadas, acho), será que não havia UMA fotografia dos dois juntos, que servisse para uma capa de revista? Era preciso uma fotomontagem? E o senhor do Photoshop tem problemas de visão, certo? Acho que era de bom tom a Nova Gente oferecer-lhe um bom seguro de saúde. Ou isso, ou uma carta de despedimento.






(Eu sei, podia-me preocupar com coisas mais importantes.
Mas perdoem-me, que tive uma semana do caraças e hoje é sexta feira...)
 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Hoje choveu tanto, mas tanto, mas tanto no Porto que...

... ao tirar as calças para as pôr a secar, as minhas pernas estavam azuis (da ganga). Acrescentem a isto o facto de eu não ter água quente àquela hora e de estar cheia de frio e já vêm como foi boa a minha hora de almoço.
(E as minhas botas? De castanhas a pretas num espaço de minutos, impecável!)

Tu não percebes nada da adolescência, Joana.

Uma mãe desabafa comigo e diz-me que a filha é muito atinadinha, que já "só" teve três namorados e que não gosta de drogas, nem tabaco (e até acha estranho, porque os dois pais são fumadores - devia era agradecer aos céus, digo eu!) e a "única" coisa que lhe pede é para ir para a noite, ficar até às 4h e beber, por noite, duas bebidas alcoólicas. "Só" isto.

- É o normal da idade. - diz a mãe.
- Bem, normal, normal não será... A adolescência é complicada... - digo eu, enquanto pela minha cabeça passam várias imagens da minha adolescência e de uma coisa chamada "limites".
- É complicada, é. Ainda outro dia fomos à discoteca com ela (já não é a primeira vez que ouço isto e soa-me a um disparate tremendo), estivemos com ela até às 4h da manhã (bom para dar o exemplo do que não querem que ela faça) e deixamos-lhe beber duas vodkas à nossa frente (sem comentários). Estivemos lá com ela, ela começou a cambalear... olhe, foi uma risota... e os rapazes a irem todos ter com ela a tentar "tirar um bife"? Só paravam porque nos viam lá e lhe perguntavam se nós éramos os pais dela. Assim ela aprendeu.
(Aprendeu o quê? - pensava eu - Aprendeu que tem montes de rapazes à volta dela se ela beber álcool? Aprendeu que os pais são uns "corta-mocas"? Aprendeu que é totalmente normal ficar até às 4h da manhã na discoteca?)
Fiquei sem saber que dizer e apenas me saiu isto:
- Que idade tem ela?
- Tem 14, mas em abril já faz 15.

Ah, em abril já faz 15, minha gente!

Enfim.
Nada mais a dizer.
O mal não está mesmo na geração futura; está na geração presente.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Hoje é um dia não.

Não tenho paciência.
Não estou bem disposta.
Não me apetece falar com ninguém.
Não me apetece trabalhar.
As coisas não batem certo.
O que estava planeado não se concretiza.
E sobretudo não posso mais com a dor de cabeça lancinante que tenho.

E ainda tenho mais 4h de concentração pela frente até chegar a casa e "desligar"... E, claro, hoje nem um anelgésico na carteira tenho, quando ando SEMPRE com um analgésico na carteira! Detesto estes dias, a sério. Que este acabe depressa e bem, é só o que peço...


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Está a por-se noite de temporal....

... e eu fico com o coração aos pulos só por pensar que pode vir uma "granizada" daquelas de há meses, que nos deixou o carro todo com pequenos vincos. Males de quem vive sem garagem... (Vá lá, previsões de todas as cores, estejam erradas, vá lá!...)

Falta de horas de sono dá... quer dizer... podia dar nisto.

Pôr sal no chá em vez de açúcar. 
Nada mais a dizer. (Para além da constatação de que frutos vermelhos com sal não é a melhor das combinações).

(Não durmas, não.)


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Ó Joana, tu não devias estar contente com o início do ano letivo?

Devia, claro! É a altura em que tudo recomeça, o que é ótimo depois de um mês ao estilo "deserto". Mas detesto, na verdade, porque é a altura em que os meus professores me dão conta das suas novas disponibilidades e, regra geral, me indicam que foram colocados em Cascos de Rolha ou em qualquer outro sítio, ou então que arranjaram outra atividade fora do domínio da educação, que lhes ocupa o tempo. 

Em que é que isto inevitavelmente dá?
Dá numa enorme dor de cabeça à Joana, que tem de encetar uma horrorosa fase de entrevistas em que deteta que a educação está podre, que os valores que movem os professores são balofos, que as pessoas não querem trabalhar e que o professorado se continua a achar uma classe diferente - superior - às restantes e, por isso, merecedora de benesses distintas.
Eu sou professora e contra mim falo, mas detesto MESMO a minha classe. São raros, muito raros mesmo, os profissionais dignos do título de professor, com todos os valores e qualidades que a sua profissão exige. Uma frustração. Se se avaliasse, de facto, a qualidade, havia tanto, mas tanto por onde cortar...


O filho é vosso, não é meu!

Hoje veio cá a tal senhora das "visões", juntamente com o marido... Queriam que eu lhes desse uma (ou a) receita infalível de apoio escolar para que estivesse garantido que o filho ia ter sucesso e que, no futuro, seria médico. Se isto, por si só, já é ridículo, pior se torna se eu disser que o aluno tem apenas sete anos. Pois. E isto é só o início.

Depois, outra...
O filho é "a coisa mais importante da vida" deles, mas informarem-se sobre as aulas dele, o início da escola, os horários, as atividades obrigatórias e opcionais, etc. nada! Nem se deram ao trabalho de pensar, até à passada sexta feira, último dia de férias dos miúdos, que faltava ali qualquer coisa. Conclusão: nem livros o miúdo tem e vai entrar numa nova escola completamente perdido e alheado de tudo. Isto, sim, são pessoas cuidadosas e pais exemplares. A coisa piorou quando lá veio, de fininho, a desculpa do "ando sempre de um lado para o outro e não consigo lembrar-me de tudo". Sem comentários.

(Como o J. diz, se ela vê as coisas por dentro, também poderia ter visto o vidro das janelas da escola por dentro, que é onde são colados todos os papéis com todas as informações, inclusivamente as datas das reuniões com os professores e pais.)

Segue-se outra...
Pediram-me para ser eu a decidir o que fazer com o miúdo. Propus um plano semanal de apoio escolar e indiquei o que será feito nesses períodos. Expliquei 790 vezes a diferença entre as disciplinas obrigatórias e as opcionais (na escola). Alertei para o facto de os finais de dia muito preenchidos e com atividades desportivas não renderem tanto no estudo. Falei do descanso e da responsabilidade que deve ser atribuída às crianças. Chamei a atenção para todos os pontos. No fim, decidiram tudo a correr, sem qualquer consideração pelo que estive para ali a dizer - vai tudo corrido a apoio todos os dias, mesmo no final do tarde e não interessa nada se está cansado ou não, tem mais é que trabalhar. (Estão a ver o género, não estão?) Estive a cansar-me, portanto.

Finalmente...
Parece que viram um extraterrestre a comer uma francesinha quando lhes disse que eu não podia garantir sucesso, porque isso não depende só do meu trabalho. "Como assim?" - perguntaram eles.
Eu desesperei.
O que fui eu dizer? Então isto não é tipo ponho uma moeda / sai prémio?
a
a
Aiii, santa paciência... vai ser este o meu caso bicudo deste ano letivo? (todos os anos tenho um diferente na rifa....)

sábado, 13 de setembro de 2014

Adoro ser surpreendida.

Estava aqui a ver umas fotografias e vídeos antigos em que a personagem principal era o nosso grupo de amigos e dei de caras com alguns postais, vídeos e pequenas surpresas que, ao longo de quase 10 anos de amizade, fomos fazendo em conjunto para oferecer uns aos outros. Quase sempre estas foram iniciativas minhas e fico mesmo contente quando as encontro, por acaso, no meio de tantos outros registos, porque me lembro da reação das pessoas naqueles momentos específicos.
Entre a alegria e o saudosismo, lá surge um pequeno pensamento: concluo que, entre amigos, ao longo deste tempo, apenas fui surpreendida uma ou duas vezes, mas confesso que adorava ser muito mais. Adoro que me deixem sem palavras (para o bom, claro) e há gestos que valem mais do que tudo. Mas não sou muito bafejada com estas iniciativas, lá isso não. E às vezes saberia tão bem...

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Epá, é o que dá haver cerca de 7387 programas de talentos.

Está bem que o norte, especificamente a Maia, é pródiga em talentos e aspirantes a talentos musicais. É também certo que foi daqui que saiu um finalista do Fator X (um dos miúdos daquele grupo fatela, X4U, por exemplo, mora mesmo aqui), outra do The Voice (a rapariguita loira finalista, de que desconheço o nome) e outro do Ídolos (desse nem o nome sei, muito menos me recordo da cara, de tão ídolo que se tornou). Mas isso não significa que eu tenha de estar a levar a tarde toda com uma rapariga, que deve ser candidata a um desses concursos, a "cantar" (tenho dúvidas quanto a este termo) diversas músicas, todas elas pirosas e previsíveis, com a janela aberta e ao microfone (devidamente ligado e no volume máximo). Pelo menos uma coisa já conseguiu - quase todas as pessoas já vieram às portas dos estabelecimentos ou às janelas das casas ver onde era o acidente.


(Agora está-me a "cantar" o "I will always love you", da Whitney. Nem queiram imaginar como estão a ser os falsetes. Vai-me afastar a clientela.
Eu devo ir para o Céu, a sério.)

Querido, mudei o blogue!

Dei-lhe uma limpezita, tirei o lixo nos cantos e dei-lhe um ar mais leve e simples. E resultou nisto.
Está aqui um lindo serviço ou escusava de me ter cansado?

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Do mau timing (ou porque é que a cena das doenças me anda a afetar)

Tal como vos disse, a semana passada não foi pródiga em bons momentos, tranquilidade ou coisas do género. Vou-vos contar as coisas às partes, para não desanimarem. Mas olhem que vai sair daqui testamento.

CENA 1
O J. foi fazer um exame médico que implicou um internamento e que nos obrigou a fazer a nossa vida ainda longe do Porto durante um par de dias. Foram, portanto, dois dias de hospital.
Eu desde cedo que estou ambientada aos hospitais (não por ter estado doente, felizmente, mas em função das profissões de familiares) e não sofro especialmente com uma ida a estes locais. No entanto, no último final de semana, a coisa não foi fácil. A intervenção do J. correu muito bem, mas o "pós" da coisa é que foi assustador para mim porque nem sempre pude lá estar e na minha cabeça só passavam cenários menos bons (o que se passa comigo, que nunca fui assim?). Isso e o facto de as enfermeiras terem falado em "hemorragias" (falso alarme), de dois médicos terem arregalado os olhos quando ouviram os relatos das enfermeiras (e de rapidamente os "desarregalarem") e de o J. ter tido tensões a níveis demasiado e assustadoramente baixos (aparentemente normais para a situação) também não ajudou. Impróprio para cardíacos, no mínimo. Verdade seja dita que a velocidade a que esses pensamentos chegavam era exatamente a mesma a que eu abanava a cabeça e os afastava, mas não foi fácil. Então sair do hospital para ir dormir a uma residencial e deixar ali aquele moço foi do pior.

CENA 2
Saí do hospital excecionalmente às 22h, porque lá me calhou uma enfermeira que percebeu que eu, provavelmente, ia precisar mais de apoio médico do que o J., de tão preocupada que estava (mas o J. nunca se apercebeu; que categoria de atriz eu sou, digam lá!). O hospital parecia um cenário de "Walking Dead" - deserto, escuro e assustador. Tive necessariamente de andar sozinha naqueles elevadores enormes e acho que bati recordes nos batimentos cardíacos (eu detesto elevadores). Estava cheia de fome e fui ao shopping mesmo ali perto buscar um menu de sandes para levar e jantar, quando já estivesse devidamente instalada. Ia começar uma nova maratona - descobrir o local de alojamento. Tudo estava já acertado e reservado, mas faltava um pormenor: saber como ir para lá. GPS? Sim, GPS do telemóvel do J. que, por "totozice" minha de não ter verificado tudo, estava em modo pedestre, depois de termos andado há tempos a fazer uma "cache". Um sonho de aventura, portanto. Sozinha de carro, à noite, numa zona escura como tudo, afastada da cidade e o GPS a mandar-me por quelhos. Não bastasse, o nosso senhorio tentou ligar-nos 6 vezes e eu só pensava que, para estar a insistir àquela hora, havia de ter acontecido alguma coisa na nossa casa, uma inundação ou o que valesse. Parei numa zona iluminada (medo e cenários imaginários de carjacking à mistura), pus os quatro piscas e lá devolvi a chamada. Afinal, era um simples pedido para lhe fazermos um favor para a neta. Segui, andei, fiz três inversões de marcha, pus-me por caminhos que não lembram a ninguém e lá dei com aquilo. Cheguei nervosa, digo-vos! Toda eu era suor (um cheiro que até a mim me incomodava, confesso) e o meu estômago devia parecer uma buraco negro. Ainda estive a ligar às nossas pessoas para as descansar e só depois tomei um banho e "jantei". Não dormi nessa noite. Fui dormitando de meia em meia hora e acordei vezes sem conta sobressaltada e toda a tremer. A meio da noite ocorreu-me que não tinha deixado nenhum contacto meu no hospital, pelo que se acontecesse alguma coisa, eu nunca saberia. Pronto, tudo arruinado. As restantes horas daquela interminável noite foram passadas com a televisão ligada e vigilância constante do telefone até chegarem as 7h30 e já não incomodar ninguém com o barulho do chuveiro.

CENA 3
Saí da residencial sem tomar pequeno-almoço (já estava assim programado) e "voei" para o hospital. Pensamentos negativos invadiam constantemente a cabeça e era mais o esforço para os afastar do que para andar, apesar de tudo. Estava psicologicamente um trapo. Tive de esperar até às 9h30 para subir e, nos entretantos, ainda estive a telefonar para um pai de um aluno para agendar o apoio na semana seguinte. Já não aguentava mais a espera e, chegada a hora, lá fui. Fui, que é como quem diz... perdi-me. Hospital mais estranho, aquele! Cheguei quase vinte minutos depois da hora permitida, mas ver o J. foi o recuperar da bateria. Estava bem. E eu estava de novo bem, também.
Estivemos 12h à espera do médico para dar a alta - doze!. 12h sem fazer nada, se poder sair, num quarto partilhado com um doente que, nesse dia, recebeu a pior notícia que se pode receber. Estava a ser tratado a um problema do foro digestivo e respiratório. Para não entrar em pormenores, digo apenas que os médicos nos pediram a nós - J. incluído, que ainda recuperava - para sairmos do quarto. Acho que isto diz tudo. Fiquei muito impressionada e confesso que ainda chorei com aquilo. O senhor nem se apercebeu de quão grave era a coisa (era pouco alfabetizado) e só dizia "Eu quero desistir". Foi muito difícil e impressionante este dia, acreditem.
À tarde, ligou-me uma mãe para obter informações sobre explicações. Mãe muito exigente e rigorosa, que questionava imenso e que fez da chamada quase uma entrevista. Muito simpática, mas claramente a necessitar de ser convencida. Calhou mal, porque o meu telemóvel, nesse preciso momento, entrou em modo "estúpido" (estou plenamente convencida de que o meu telemóvel tem este perfil) e fez cair a chamada para a dita senhora SETE vezes! Eu só imaginava que já tinha perdido a cliente e que estava a dar uma péssima imagem da minha empresa e a transmitir um baixíssimo profissionalismo. A senhora dizia que entendia, mas também já não devia estar muito pelos ajustes (compreensível). Desculpei-me com o facto de estar num hospital e numa zona sem rede e a coisa lá se fez até ao fim. [Percebi ontem que não perdi a cliente; antes, ganhei-a pela minha sinceridade.]
Perto das 21h saímos, fomos jantar e seguimos para casa, no Porto. O J. caiu no sono e assim foi toda a viagem. Chegar à cama e ao nosso espaço foi a melhor coisa em muitos dias. Estava ultrapassada esta 1ª fase má.

___________

Bem, a descrição já vai longa e isto foram apenas os dois dias mais intensos desta última semana.  Percebem, agora, porque é que esta conversa da mulher me "ver" por dentro me perturbou? Não foi mesmo a melhor fase para ter ouvido aquilo.

No entanto, ainda faltam aqui novidades. Ficará para breve o resto da história e a melhor parte desta semana, que envolve um focinho lindo de morrer e um "cãopanheiro" para a vida. É esperar, faz favor! Conto convosco?

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Viram-me por dentro. Estou oficialmente assustada.

Hoje, a atender uma pessoa na empresa, percebo que ela me olha de forma estranha. Mais estranha a coisa se tornou quando, após uma longa conversa relacionada com negócios, ela me pede, delicadamente, que eu lhe escreva numa folha o meu nome completo e a minha data de nascimento. 

- Como? - disse eu.
- Faça isso por favor. Eu sou terapeuta e estou a detetar algo em si.

Eu, na minha cara de pânico, começo a hesitar. Diz-me ela:
- Não se preocupe que isto é medicina, não é espiritismo, nem bruxaria, nem nada do género.
- Que tipo de medicina é, então?
- Chama-se medicina energética. Não se preocupe mesmo. Daqui a 10 minutos ligo-lhe e já falamos melhor. Por agora, escreva só isso, por favor.

Eu lá escrevi (como me arrependo, meu Deus!) e passados 10 minutos lá me liga ela. Começa, então, a dizer montes de coisas e o cenário é praticamente um buraco negro - do mais breu que há. Que eu tenho um problema grave de fígado, que tenho o fígado bloqueado e saturado, que o meu problema está entre o fígado e o baço com ligação ao intestino, que tenho um parasita que me impede de engordar, que o facto de ser magra é doença e não genética e que é algo que os médicos nunca descobrirão, que tenho propensão para o colesterol alto (quem não tem?) e indícios de vir a sofrer de hepatite C e - não bastasse - até leucemia (!!).

Como é que uma pessoa reage a isto? Digam-me, se souberem, que eu estou perdida. Eu sou extremamente objetiva e não acredito em nada para além de factos científicos. Mas a verdade é que também acredito que somos energia e tudo à nossa volta o é. Não sofro do fígado (que saiba!), nem tenho sintomas de nada de âmbito digestivo, imunitário ou genético. Mas, por momentos, duvidei de tudo.

Apesar de isto me soar muito a balela e de eu ser pessoa mais cética possível em relação a estas coisas, não é fácil "pintarem-nos" este cenário e passarmos à frente com toda a leveza do mundo. Pelo sim, pelo não, acho que vou à minha médica de família pedir umas análises o quanto antess.

(A sério, ponham-se no meu lugar. De repente, cai-nos tudo. Eu nem imagio que amanhã vou ter de tratar novamente de negócios com a "terapeuta". Só de pensar nisso, tremo.)

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Uma semana para esquecer.

Mais propriamente a última. Cheia de emoções, aflições, confusões, coincidências, correrias, medos, esperas, ansiedades e muitos apertos no coração. Valha-nos que, até agora - tudo "acabou" em bem e com boas notícias. E com um cão.
Sim, um cão. 
Conto-vos tudo não tarda nada!


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A pior coisa que me podem dizer quando....

...eu estou cansada, triste, desanimada com o que vejo, sem paciência e me sinto sem forças e derrotada é mesmo...

 "Vais ficar assim?"

A sério, esta não é a abordagem certa para mim. Percebam isto de uma vez por todas! Eu fui feita para falar e nada em mim melhora se não falar. Por isso, tentem sempre ir por outro caminho. Com este, ainda me fecho mais em copas e simplesmente me afasto. Mudar de assunto, ignorar ou avançar com falinhas mansas também não serve e piora muito a situação.
Lamento se isto me torna muito complicada aos olhos de alguns, mas eu acho que sou até bem simples e isto é o mínimo razoável para qualquer adulto responsável.