quarta-feira, 27 de junho de 2012

Para uns, isto é sexy. Para mim, é repugnante.

Outro dia, andava eu pelas lojas de um centro comercial e vejo uma das cenas que mais me repugna. Um homem a roçar-se numa mulher, naquela de "não aguento muito mais tempo, era já aqui e agora" e ela a rir-se num sentido provocador e a dar aquela de disponível para qualquer taradice, mas a querer tentar parecer difícil aos olhos dos outros. Acrescente-se à história que ele era um cinquentão português, típico homem de negócios com dinheiro e que ela era uma brasileira tipo mulata, toda jeitosa e com um pedacinho de pano a servir de vestido, que lhe acabava exatamente abaixo das nádegas (não é ser má língua, mas aquilo só seria tecido suficiente para um top cai cai de qualquer mulher razoável). Portanto, temos a fome e a vontade de comer. É claro que a rapariga queria o seu "pagamento", por isso andava a escolher toda a roupa que queria e a atirar para os braços dele e ele, qual cachorrinho, sempre ali, a aguentar a seca e os caprichos da rapariga. Foi só vê-la a entrar nos provadores e a chamar o "morzinhóóóóó", para saber o que a seguir se passou naquela cabine.

Eu vejo estas cenas e fico enojada. Imagino que tipo de homens são estes, que histórias inventam e vivem e que princípios (se os têm, sequer) consideram sensatos. Já as mulheres que se prestam a isto não me incomodam - elas sabem perfeitamente o que querem e que papel passam a cumprir. Mas os homens, esses homens... são, no mínimo, a metáfora do nojo para mim. Desprezíveis.

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