Ontem à noite estava dar um filme português na RTP1. "Sangue do meu sangue". E pronto, foi ver meia hora daquilo e perceber que toda a fama e todo o preconceito contra filmes portugueses têm razão de ser. Muito, mas muito mau. Asneiras a cada 30 segundos, linguagem e imagens ofensivas, muito cigarro, muita droga, muita nudez, tudo muito gratuito. E com aspirações de se tornar totalmente alternativo, mas apenas conseguindo ser baixo e reles, com conteúdo discutível. É o que está a dar: estes realizadores e histórias que todos aplaudem como fenomenais e que apenas me parecem ser resultado de umas substâncias estranhas a mais por ali.
Eu, que não sou nada de achar que se deve concluir o todo pela parte, tenho de admitir. Este filme é mau, mas do pior mau que imaginem. E sobretudo, tira crédito a quem ainda acredita na qualidade do que cá se faz. Como me querem a pagar bilhetes num cinema para ver isto?
Há coisas boas no cinema português, mas sem cair em clichés e facilitismos para atrair "clientela" fácil, há muito pouco, na verdade. Desilusão pura.
(Atirem-me lá pedras, já estou a contar...)
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