segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

As mudanças de 2015.

Contava que 2015 viesse a ser um ano de mudanças, mas as coisas começaram a mudar muito antes do que eu (nós) esperava (esperávamos). A verdade é que há 15 dias recebemos uma notificação que nos forçou a procurar uma nova casa e temos vindo a fazer buscas intensivas pela "tal" desde então. A coisa não está fácil, mas queremos fazer isto à nossa maneira, ou seja, sem pressões, porque não conseguimos lidar com isto de outra forma. Essa batalha tem-se revelado difícil e tem-nos mostrado, sobretudo, que ser honesto, correto e trabalhador não compensa nestas coisas. Já perdemos oportunidades porque alguém, ao ver-se "ameaçado" por nós, se chegou à frente com dinheiro e ganhou o que queríamos; já perdemos oportunidades porque só podíamos ver a casa ao fim de semana, por trabalharmos até sábado de tarde e entretanto a casa seguiu para quem a viu na sexta a meio da tarde; jé perdemos oportunidades porque não somos conhecidos de ninguém; enfim, nisto (e talvez em tantas outras coisas) não vale a pena levarmos uma conduta correta, pois são aqueles que não a levam e se deixam arrastar que conseguem as coisas. Se calhar, ao fim ao cabo, ainda ganham mais do que eu não fazendo nada e ainda saem vitoriosos nestas situações. A vida, às vezes, é injusta mesmo e faz-nos desacreditar que estamos a optar pelo caminho correto. Isto já para não falar nos agentes imobiliários que, regra geral, se têm revelado uns patifes, sempre a propor situações por debaixo da mesa e a vender de forma clara - quase chocante - a "banha da cobra". 

Nesta fase da vida, sobretudo nesta fase da vida, do que nós mais precisávamos era de calma, tranquilidade e um espaço sereno onde tomar todas as decisões e tratar de tudo o que temos a tratar, de forma ponderada, sem interferências e, particularmente, sem incertezas. Não queremos entrar numa espiral de loucura em busca de casa, mas adormecer à "sombra da bananeira" é perder oportunidades. E é isso que nos anda a massacrar.

Não sentimos mais a nossa casa como "nossa", deixamos de ter gosto e brio no espaço que construímos à imagem do que somos e andamos a ver alternativas, todos os dias, em busca de uma oportunidade única e muito melhor que todas aquelas que já perdemos sem que, em qualquer situação, tal tenha estado nas nossas mãos. Sentimo-nos umas marionetas no meio disto tudo, uns joguetes nas mãos dos outros. Que uma solução melhor esteja à nossa espera, é tudo o que pedimos. Queremos recomeçar a nossa vida o quanto antes e o "quanto antes" começa a ser - ou a parecer-nos - já tarde demais... E nós merecemos, merecemos mesmo.


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