sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Pais e filhos - quem sai aos seus...

Tenho uma aluna confirmada para as 10h30. A mãe dela liga-me às 10h32 e diz-me que ela adormeceu. Portanto, à hora a que devia chegar é à hora que me avisa que a filha acordou. Pede-me desculpa? Não. Diz-me só para eu esperar, que ela - a filha - em 15 minutos deve chegar. Assume, portanto, que eu é que estou à mercê dos alunos e tenho mais é que esperar, porque eu é que ganho com isso. Errado. Perante a falta de educação e respeito, eu aviso que às 11h30 tenho mesmo de terminar porque tenho outra aula. Ela só diz "Tudo bem". A aluna chega, passados os tais 15 minutos. Entra "na maior", diz que adormeceu porque esteve a ver um filme até tarde e começa "Estão aqui os trabalhos que me pediu..."

O atraso até acabou por não ser muito, é verdade que não. Foram só 15 minutos e não alteraram muito os planos. Mas a forma como as pessoas assumem que os outros têm que os servir e dependem deles é das coisas que mais me incomoda. A falta de educação que lhe é inerente então é o pior. Detesto serventias e mordomias. Não suporto miúdos e adolescentos insurretos, mal educados e socialmente mal formados. E sobretudo desprezo esta displicência com que as pessoas  - sobretudo quando são educadoras - se habituaram a viver e a lidar com os outros. Pelos vistos, a coisa está a ser devidamente transmitida aos mais novos, o que me leva a recear realmente a sociedade que estaremos a formar e que será aquela que, em teoria, terá de servir os nossos filhos. Um pouco assustador tudo isto, na verdade, não concordam?


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