sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Tabaco e entrevista de recrutamento.

Sabem aquelas pessoas que, quando chegam a um sítio, cheiram tanto a tabaco, que não conseguimos quase suportar a presença delas? E não falo do hálito do tabaco; falo mesmo daquele cheiro entranhado nos cabelos, na roupa e penso que até já na própria pele que me/nos faz desesperar sempre que o fumador tem necessidade de mexer e, com isso, liberta aquele cheiro quase insuportável. Não bastasse, esse cheiro fica no lugar onde a pessoa esteve; passados uns minutos de se ausentar, ainda aquele seu cheiro permanece. Como se tivesse a missão de se entranhar também nas nossas roupas e pele. Digo-vos - é das poucas coisas que me enoja mesmo, esse cheiro.

Isto porque ontem estive a fazer algumas entrevistas de recrutamento (que detesto fazer, sou sincera) e a candidata com melhor currículo, experiência e disponibilidade era precisamente um caso destes. Acrescido ao facto de, ao ter falado, ter saído um hálito a tabaco acabadinho de fumar e de me cumprimentar com aquela "mão morta" que detesto. E pensei: "Caramba, a pessoa até pode estar nervosa, mas não ter a preocupação de chegar a uma entrevista com hálito fresco (ou pelo menos, normal), de ser convincente no cumprimento e ainda tresandar a tabaco refegado por tudo quanto era roupa e acessórios, parece-me despreocupação a mais". E pronto. Eu sou assim e tenho dificuldade em aceitar estas coisas. Sou tolerante, mas acredito muito no meu sexto sentido e ainda não é por aqui. A prova de que meras boas condições e qualificações profissionais não são sinónimo de nada, mesmo. Tudo "à volta"importa. Pelo menos, para mim. E deteta-se sem grande esforço, na verdade.


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