quarta-feira, 2 de maio de 2012

O 1 de Maio.


Eu sei que nem todos concordarão comigo, nem que sequer refletirão sobre este facto, mas  acho que cada um de nós tem a obrigação moral de, no 1º de Maio, evitar ao máximo aceder a supermercados e a serviços que, por estarem abertos, “forçam”  os seus trabalhadores a trabalhar num dia que, por lei, lhes deveria ser concedido por opção. É claro que há muitos serviços que constituem necessariamente uma exceção, mas há muitos outros (e em maior número) que não e que apenas trabalham com vista aos lucros fáceis. O que mais me impressiona nesta novela são os supermercados que não precisam mesmo deste dia e que desprezam os direitos dos seus trabalhadores. Tenho muita pena do que aconteceu ontem no Pingo Doce. Muita mesmo. Simplesmente porque reflete o desrespeito pelos trabalhadores (sim, porque eles foram os grandes lesados no meio de toda aquela tristeza) tanto da parte do patronato, como da dos clientes. A meu ver, tudo aquilo foi uma descarada provocação a tudo o que o 1º de Maio deveria ser. Muita coisa haveria a dizer sobre isto, mas parece-me que há por aí muita falta de reflexão sobre os direitos dos outros e é também responsabilidade de cada um de nós contribuir para que se acabe com este desrespeito em situações que não são prementes para a nossa vida diária.


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