terça-feira, 24 de abril de 2012

Não suporto mesmo.

Humor grunho, estúpido, baixo, reles, básico. Humor pleno de gestos e palavras ofensivas. Humor do tipo "vamos-fazer-aqui-umas-palhaçadas-cheias-de-asneiras-lá-pelo-meio-e-sotaque-à-parolo-para-ver-se-somos-falados-e-se-nos-imitam-que-ainda-havemos-de-ganhar-muito-à-conta-deste-povo-palerma-que-come-toda-a-palha-que-lhe-é-dada".
Sim, refiro-me especificamente à saga do "Balas e Bolinhos" que, li há pouco, vai trazer dentro de dias mais uma soberba criação sua aos nossos cinemas. Haja paciência (muita!) para aceitar que isto existe e há quem goste mesmo deste tipo de "coisa".
Falem, comentem e reproduzam cenas deste "filme" (precisa mesmo de aspas) e ver-me-ão mal disposta num ápice.
Que raio de fenómeno!


2 comentários:

Anónimo disse...

Olá Joana,

O teu comentário, ainda que digno porque todos somos livres de opinião, não está minimamente fundamentado na realidade...

Fala quem não conhece o porquê deste fenómeno e decide justificá-lo depressiando os milhares de portugueses que o seguem. Que, aliás, correspondem a um target muito alargado, caso não saibas, desde faixa etária a grupo social.

O filme nasceu em 2000 da vontade que 4 amigos tinham em fazer uma produção cinematográfica. Sem grandes ambições. Apenas uma paródia. A verdade é que foi ganhando fãs, através da internet e do passa a palavra e, nesse sentido, em 2004, decidiram fazer a sequela.

O segundo filme da saga teve a Lusomundo e a Sic Radical como parceiros oficiais, dando um destaque ainda maior a este fenómeno. A verdade é que, estando apenas em exibição em 6 salas de cinema, conseguiu cerca de 58.000 espectadores.
Está, ainda hoje, nos lugares cimeiros dos filmes nacionais mais vistos. E, diga-se, a competir com filmes com 50 ou mais cópias.

Foi precisamente o apelo constante de milhares e milhares de fãs que levou a que Luís Ismael decidisse fazer o terceiro e último filme desta saga.
A primeira trilogia do cinema português surge, assim, através da produtora do Luís Ismael - a LIGHTBOX -. dotada de enorme capacidade técnica para se fazer uma produção cinematográfica ímpar em Portugal.

Esta saga, que começou até de forma amadora, terminará, assim, com uma qualidade técnica que homenageará o cinema português.
É esta vontade de fazer cinema que continua a prevalecer nestes 4 amigos, que desde 2000, se juntam para fazer uma produção que leve os portugueses ao cinema para ver filmes nacionais...

E é isto que deve ser elevado ao expoente máximo!
O que se faça pela cultura portuguesa, pelo cinema português...
Os gostos são dispares, é certo... Mas a maioria quer ir ao cinema para se divertir, dar umas boas gargalhadas... Algo que não se vê muito no cinema nacional.

E não é um sotaque parolo... É um sotaque nortenho, com orgulho!

Respeito a tua opinião... mas cabia esclarecer-te um pouco sobre o "historial" deste fenómeno!

Estou ao dispor para qualquer esclarecimento que precises.

Grata pela atenção,
Sónia Resende
(responsável pela comunicação e imagem da Lightbox) - comunicacao@lightbox.pt

Joana disse...

Olá, Sónia.

Realmente, todos somos dignos de opinião e, por isso, respeito quem gosta do filme, desde que não me forcem a gostar.

Este não é um tipo de filme que eu aprecie e continuo a achar que não é assim que se conquista alguém para o cinema português. Mas é o meu ponto de vista que não será, necessariamente, certo ou válido para todos. É subjetivo e foi isso que tentei transmitir no meu post (e penso que é notório).

Não desvalorizo o trabalho de quem faz parte do projeto e nele acredita. Há muita público, incluindo muitas pessoas próximas de mim, que gostam muito do filme, o que não me impede de ter o meu próprio ponto de vista sobre o que vi (porque vi e estou a falar baseada no que pude apreciar).

Relativamente ao sotaque, ele é exageradamente "nortenho". Eu sou do Porto, resido no Porto e tenho sotaque do Porto. Mas há uma diferença entre sotaque e modo de falar. Foi nesse sentido que seguiu a minha crítica.

Saliento, por fim, que todo o post é uma opinião e, por isso, tem lugar como qualquer outra. Não pretendo ofender ninguém, e penso que não o fiz, mas, se sim, e visto que a Sónia fala em nome da empresa produtora, peço desculpa e desejo os maiores sucessos para este novo filme e os demais pelos quais a produtora seja responsável.

Cumprimentos,
Joana