quarta-feira, 30 de maio de 2012

O amor e as mentiras do amor.



Não nos enganemos: não há amores perfeitos. E digo perfeitos no sentido de ser tudo maravilhosamente belo, de se viver plenamente e de nem se detetar uma imperfeição que seja no outro e na relação. Não. O amor é muito mais que isso, exige muito mais que isso. Senão qual seria a piada do amor? Ter ali alguém, sempre perfeito e a fazer tudo sem uma falha? Que "sabor" traria isso à relação?
No espaço de um mês, ouvi e li relatos de três pessoas que disseram ter "a" relação perfeita. Que nunca discutem. Que se entendem sempre maravilhosamente bem. Que concordam em tudo. Que estão sempre em sintonia. E é nesta fase da estória que eu faço um esforço quase desumano para não revirar os olhos numa atitude de "Está bem, está bem...". Porque nada disto faz uma relação perfeita e nada disto existe assim, numa harmonia plena. O amor deve ser transparente, deve ser sincero, deve viver daquilo que realmente somos. E, precisamente por isso, o amor tem erros, tem imperfeições e tem de ser trabalhado, corrigido e renovado a cada dia. Não há 100%s nesta coisa do amor e quem diz que sim, ou não ama ou mente.
Não há amores perfeitos. Há amores que encontram a perfeição nas imperfeições. Esse é o tipo de amor que conheço, que vivo e que quero para toda a minha vida. O resto é história.

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