sexta-feira, 16 de maio de 2014

Hoje.

Apesar de hoje ter recebido uma feliz notícia de uma amiga, desde ontem que me sinto muito em baixo, sem ânimo para nada e desacreditada de muito. Estou a precisar de alguma coisa que não entendo bem, mas sei que (se não mais do que isto) pelo menos de carinho e refúgio é. Por isso, hoje ao deslocar-me para mais um dos sei lá quantos meus locais de trabalho, ouvi esta música na rádio que, curiosamente, sempre adorei (a música, não a rádio), e ela nunca fez tanto sentido como naqueles momentos e nesta fase em que me encontro. Talvez seja esta uma possível receita de que precise para me voltar a erguer e a ser a pessoa otimista e com gosto por tudo, que sempre fui.

Leiam ou não (para alguém fará sentido ler, espero), é assim que me sinto.

E há de haver outro lugar
E palavras para dizer
Quando a terra abraça o mar
É como um filho a nascer.


E há-de haver outra maneira
De contar a quem não sabe
Se me dás a vida inteira
Porque só vivi metade.


Leva-me de volta a casa
E abre as portas do jardim
Deita-me na tua cama
E diz que sim, diz que sim.



Pedro Abrunhosa
Voámos em contramão


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