sexta-feira, 13 de julho de 2012

A diferença.

Hoje, quando fui ao centro de saúde fazer umas análises, ao meu lado na sala de espera da enfermaria estava uma mãe com uma filha.
O que torna isto especial é que a filha desta senhora era deficiente profunda. De tal forma, que o seu grau de deficiência não permitia perceber se se tratava de uma menina, de uma adolescente ou já de uma mulher. De tal forma, que não se encontrava qualquer semelhança com a pessoa que a acompanhava e, dificilmente, com qualquer outra. De tal forma, que não tinha capacidade de articular qualquer palavra e só conseguia comunicar por gemidos e gritos. De tal forma, que nunca conseguirá ser autónoma e dificilmente sobreviverá sem a mãe.

Fico sempre muito impressionada quando vejo estas mães com estes filhos e o amor que lhes dedicam. Não há muitas pessoas que tenham a capacidade de lidar com este grau de deficiência.
É de louvar esta força quase sobre-humana e esta coragem e dedicação. E é de pensar duas vezes antes de dizermos coisas como "não tenho sorte nenhuma". Nós somos é extremamente afortunados, isso sim.


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