Tínhamos lá em casa o DVD do filme "O Pianista" e há muito eu andava curiosa para o ver. Visto que sou uma apaixonada por toda a fatia da História que contempla a Segunda Guerra Mundial, tinha grandes expectativas para este filme. Como tinha ganho a Palma de Ouro em Cannes e três Óscares da Academia, não sabia bem o que pensar (eu tenho alguma aversão a filmes com demasiados prémios), mas lá decidimos vê-lo.
(Cliquem na imagem e vejam o trailer) |
E a verdade é que... gostei. Gostei da história sem grandes dispersões; gostei do ator; gostei da realização; gostei do realismo (que impressiona muito quando se pensa que as cenas não estão enfatizadas, mas que representam o que realmente se passou e está documentado); gostei da forma como nos consegue envolver na história e sentir que estamos ali com o protagonista e a viver de perto tudo aquilo; gostei da convicção de que uma paixão pode manter uma pessoa sã no meio de todo o caos; gostei da ideia de resiliência e de luta que, acredito, a poucos tenha valido, mas que, decerto, a alguns terá salvado a vida. E gostei dos leves momentos (inesperados) de humor, apresentados de uma forma tão natural que não parece mesmo escrito. Emocionei-me, impressionei-me um pouco, ri, sorri e senti-me - mais uma vez - fascinada por saber ainda mais por aquele momento horrendo da história. Se virem este filme cientes de que o que ali está representado aconteceu, de facto, e de que a história se baseia na autobiografia do protagonista, tudo ganha uma nova dimensão. A parte final do filme surpreende, mas tem um desfecho um pouco estranho, talvez. Mas é um bom filme, de facto.
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