sexta-feira, 21 de junho de 2013

Analisando um comentário.

Sobre este post que escrevi há dias, recebi este comentário:

"Não posso deixar de comentar... Façam todos esses esforços e mais alguns para ter trabalho, para trabalhar e pagar os meus impostos! Mas é muito complicado quando a margem que os patrões nos dão têm na base o teu ponto de vista! Se um dia eu fosse empresário não exigia de um colaborador mais do que ele pode dar, como se passa agora sempre com a desculpa da conjuntura! Não tem em justo pagar pelo pecador nem de ser mau só porque eu também passei por isso!"

Gostava mesmo de perceber os motivos que baseiam este comentário. Que margens se baseiam em que ponto de vista? O que disse eu que faz com que a leitora interprete que as minhas margens são grandes (quando são mínimas para mim, na verdade)? Onde é que eu digo que, como empresária, exijo demais dos meus colaboradores ou sequer me desculpo com a conjuntura? Que justo está a pagar por que pecador? Não entendi mesmo. Nada disto foi falado no meu post.

Cada um tem o direito à sua opinião, mas a verdade é que eu também tenho espírito crítico - sobre mim sobretudo e sobre os outros. E acho, muito sinceramente, que muitas pessoas (todos nós, diria) já passaram por muitas injustiças a nível profissional e, por isso, possam estar marcadas por essas más experiências. O que não significa, necessariamente, que todos os patrões façam o mesmo ou sejam injustos e não justifica que, por isso, que todos os candidatos estejam já prontos a "disparar" os seus ataques a todos os que estão na posição de recrutadores. Há, penso, alguma tendência para se culpabilizar os empresários, mas só quem lá está sabe o quanto, por vezes, custa lá estar. Falar é sempre mais fácil e parece-me que aqui há, claramente, alguma leveza na análise das minhas palavras.
Como profissional e empresária, tenho a plena consciência de que sou muito justa e de que faço o melhor por todos os meus colaboradores com os quais estou a fazer um caminho. Apenas têm de estar na mesma página que eu e querer trabalhar para o merecer. Como tudo na vida, no fundo. A recompensa chega sempre. Custa é trabalhar para ela, pois custa.

Será que estou a ser assim tão injusta na minha forma de perspetivar as coisas? Estarei assim tão errada?


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