Vinha eu a chegar à empresa a pensar como o dia de ontem correu e acabou bem e, mal estaciono e estou a tirar as chaves da carteira, a condutora do lado deixa cair a porta do lado do condutor e zás, vai de bater na porta do lado do passageiro do meu carro. Levanto-me chateada e vou ver os estragos. Diz ela, muito calmamente, enquanto veste o casaco e se prepara para ir à sua vida, sem a mínima réstia de preocupação: "Não tem nada, não foi nada". Eu lá me controlei junto da Sra. Dondoca (mas da minha idade, o que ainda é mais triste) e disse "Tem a certeza que não foi nada mesmo?", enquanto fui ver a porta. Ela nem sequer esperou um minuto e lá foi, sem um "desculpe" ou um "precisa de alguma coisa?" ou um "quer um contacto?" ou o que fosse.
"E tu não disseste mais nada?" - perguntam vocês, e bem. "Não". E sabem porquê? Porque a empresa é minha, o estacionamento onde isto aconteceu é em frente à minha porta e ali podia estar, naquela Sra. Dondoca, uma potencial cliente ou, talvez mais provável, uma Sra. Dondoca que me poderia fazer má publicidade, só porque sim.
Engole o sapinho, Joana!
Lição do dia: nunca ficar animada demais com as coisas. Há sempre alguém mais animado do que tu e com muito mais tempo nas mãos para te estragar o dia.
3 comentários:
Detesto que me toquem com as portas nos carros. E detesto que não tenham cuidado a abrir as portas. Até sou um bocado chato: "Cuidado com a porta. Cuidado com a porta, 'tá bem?"
Eu acho que até consigo fazer um certo ar antipático, quando prevejo que vem aí asneira. Mas infelizmente, mesmo assim, a asneira não deixa de chegar (fora as vezes em que lá não estou e que chega na mesma...)
eu não consigo guardar nada para mim, mas nessa situação está complicado!
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