segunda-feira, 14 de março de 2011

Pingo muito pouco doce


Hoje tive de ir ao Pingo Doce. Consegui entrar na loja, efectivar a compra e sair sem que alguém me tenha proferido uma palavra que fosse. Então na caixa foi extraordinário. Eis o monólogo:

Eu: Boa tarde.
Funcionária: (silêncio)
(passa o produto no leitor e aponta para o mostrador com o valor total)
Eu: (cara de indignada) Aqui tem.
(Ela dá-me o troco, olha para o senhor que me segue na fila, preparada para o atender, e diz: "Boa tarde, Sr. Óscar! Como está?")
Eu: Por favor, ainda não acabei de ser atendida. Queria o talão de compra.
Ela: (silêncio, revira os olhos e dá-me o talão. Prepara-se para retomar a conversa com o senhor e eu interrompo.)
Eu: Nem me perguntou se queria saco...
Ela: (com ar de "ups")
Eu: Mas também não preciso. Era só para confirmar como fui mal atendida. Muito obrigada pela simpatia. (E vim embora).

Tamanho menosprezo e provocação silenciosa são inadmissíveis. E os jovens é que não têm valores e atitudes maduras, certo.

 

2 comentários:

Anónimo disse...

Afinal eu bem tinha razão quando fiz o comentário sobre o Pingo Doce só ter funcionárias "trombudas"... É claro que o que acontece nesse estabelecimento comercial acontece em muito outros, tem maus e bons funcionários. Os funcionários podem até ser mal pagos e ter más condições de trabalho, mas não se admite. Cá para mim, a funcionária que te atendeu tem mas é qualquer coisa com o Sr. Óscar e estava a ver que tu nunca mais "desamparavas a loja", quase literalmente. Quer-me parecer. ;)
K

Anónimo disse...

Por falar em os jovens não terem valores e atitudes maduras, um dia destes assisti a uma quase-luta entre dois idosos. Quando falo em idosos não falo em pessoas que acabaram de entrar na 3ª idade, mas em pessoas já com necessidade de usarem bengala para se locomoverem. Houve levantar de voz, houve "eu faço o que me apetecer, você não tem nada a ver com isso" e também houve "Vá à bardamerda!". Foi cómica, mas também me fez pensar que a vida já é curta demais para aqueles dois estarem a trocar ameaças. E depois os jovens é que são uns mauzões.
K