quarta-feira, 12 de outubro de 2011

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Eu sei que ninguém tem culpa. Eu sei que são coisas que não comando, que há coisas piores, que há pessoas que estão bem pior do que eu. Eu sei isso tudo e é nisso que tento pensar para não entrar em desespero. Mas a verdade é que parece que ando a tentar remar contra a maré e só ando para trás. Quanto mais tento avançar ou encontrar alternativas, mais as coisas se constituem como problemas e obstáculos. Uns já lá estavam, outros surgem do nada.
Eu sempre tive dúvidas em acreditar no Destino. Mas também não consigo dizer que não existe. há coisas na minha vida que me parecem obra de algo que me é superior, embora procure sempre racionalizar tudo e pensar que se tal aconteceu foi porque eu fiz com que acontecesse, e não porque tinha de acontecer. Daí que não saiba bem no que existe ou no que acredito. Vou vivendo e tentando não pensar muito nisso.
A verdade é que nos últimos meses, mas sobretudo nas últimas semanas, vivo com a sensação de estar a lutar contra um caminho que me está destinado. Parece que estou a insistir numa coisa que não é para mim. Daí que não receba qualquer esperança de uma mudança e, ao invés, só obtenha silêncio em relação a esperas, desilusões face a expectativas e, para desajudar, uma ou outra notícia menos boa, que me obriga a regressar a tempos em que não fui especialmente feliz. 
Este não saber o que fazer, para onde me virar... qual é o objetivo? É fazer-me arriscar? É testar a minha capacidade de espera por algo bom que me está reservado? Aguardo ou avanço? Como eu detesto indefinições, meu Deus! Como eu me sinto frustrada nesta fase da minha vida... Ninguém imagina, por mais que diga que sim. É uma dor tão grande e tão minha...

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