segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Das "férias".

As aspas na palavra fazem sentido. Eu não tive férias - daquelas que se marcam com antecedência, que ficam estipuladas no início de um ano e que geram sempre aquelas tensõezinhas entre colegas; tive sim "férias" - aquela pausa que se tenta aproveitar sem pesos na consciência nem a preocupação constante de que haja necessidade de voltar para assegurar uma aula, um curso, o que for... e que mesmo assim implicou uma interrupção de 3 dias para a boa prática laboral mal remunerada e cheia de exigências por parte de quem paga. 
Enfim, adiante. 
Aquele descanso bom, desligado de tudo, tive que o conseguir à viva força, depois de ter feito uma ginástica descomunal na gestão das formações, aulas, cursos, responsabilidades, e do que mais houve. Mas venci a batalha. Foram uns dias ótimos, passados longe daqui, na tranquilidade plena (ok, quase plena, não fossem os carrinhos dos senhores emigrantes com sons de tubos de escape alterados ou músicas de há 3 anos a tocar nos respectivos autorrádios aos berros de quando em vez), onde telemóveis, relógios e tudo o que nos prenda à realidade são preteridos em relação a tudo o resto. Foram umas férias muito modestas como se impõe, mas muito mais ricas do que se poderia imaginar. Finda esta pausa, sinto-me bem, contente com e como tudo aconteceu, orgulhosa de quem esteve sempre comigo e reconfortada pela lembrança destes dias tão fantasticamente simples.
Venham de lá os novos desafios.


Sem comentários: